Manuel “Guajiro” Mirabal, o trompetista de ouro do projeto musical Buena Vista Social Club, morreu esta segunda-feira em Havana aos 91 anos, informou o Instituto Cubano de Música.
Mirabal “é considerado um dos maiores trompetistas de Cuba e do mundo” e a sua “morte representa uma perda lamentável para a música e a cultura cubanas”, afirmou o Instituto numa nota publicada na sua página na rede social Facebook.
O funeral de Mirabal, “reconhecido como um grande mestre da trombeta”, decorrerá na manhã de terça-feira no Cemitério Colón, na capital cubana.
Ao conhecer a notícia, a diva dos Buena Vista, Omara Portuondo, 94 anos, reagiu imediatamente nas redes sociais: “Obrigado por tudo, querido amigo”, escreveu.
“Acabo de receber a triste notícia de que ‘Guajiro’ Mirabal, um querido irmão, grande amigo, grande músico, grande homem, faleceu”, acrescentou.
Nascido a 5 de maio de 1933 em Melena del Sur, na atual província de Mayabeque, vizinha de Havana, Mirabal iniciou a sua carreira musical em 1951 e tocou trompete durante mais de 70 anos.
Integrou importantes orquestras cubanas, como o Conjunto Rumbahabana e a Orquestra Riverside, mas foi a sua participação no projeto Buena Vista Social Club que coroou a sua fama.
Os principais músicos dos Buena Vista, a maioria já falecidos, faziam parte da velha guarda musical pré-revolucionária.
No final da década de 1990, já reformados, foram persuadidos a voltar aos palcos pela estrela cubana Juan de Marcos González, Nick Gold da editora World Circuit e pelo guitarrista norte-americano Ry Cooder.
Os Buena Vista tornaram-se então uma banda de renome mundial após lançar o seu álbum com o mesmo nome, que ganhou um Grammy em 1998 e é o álbum cubano mais vendido de todos os tempos.
A sua experiência foi captada no aclamado filme “Buena Vista Social Club”, do cineasta alemão Wim Wenders.
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