Maria João Pires vai receber o estatuto de membro honorário, juntamente com a estrela de teatro musical Beverley Knight, o músico de jazz Jamie Cullum, o maestro Jakub Hrůša, a violinista Hilary Hahn e a responsável pelos Estudos Vocacionais da Academia, Kate Paterson.
O compositor James Newton Howard, vencedor de prémios Emmy e Grammy e nomeado nove vezes para um Óscar em 30 anos de carreira, vai ter atribuído um Grau Honorário (Hon DMus).
A Academia, que celebrou no ano passado 300 anos desde a fundação em 1822, também anunciou que vai acolher como membros vários antigos alunos, como o cantor e compositor Jacob Collier, os cantores de ópera David Butt Philip e Freddie De Tommaso, a professora Susan Hallam, o pianista Simon Lepper e o maestro Jonathon Heyward.
Maria João Pires nasceu em Lisboa, a 23 de julho de 1944. É a mais internacional e reputada dos pianistas portugueses, com um percurso artístico que remonta a finais dos anos de 1940, quando se apresentou pela primeira vez em público, aos quatro anos.
Entre os prémios conquistados pelo talento artístico contam-se o primeiro prémio do concurso internacional Beethoven (1970), o prémio do Conselho Internacional da Música, pertencente à organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, 1970), o Prémio Pessoa (1989)e o Prémio Eduardo Lourenço (2007).
Em 2019, recebeu o prémio Martha de la Cal/Personalidade do Ano, da Associação de Imprensa Estrangeira, a Medalha de Mérito Cutural do Ministério da Cultura e a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
Na década de 1970, o seu nome tornou-se recorrente nos programas das principais salas de concerto a nível mundial e nos catálogos das principais editoras de música clássica: a Denon, primeiro, para a qual gravou a premiada integral das Sonatas de Mozart (1974); a Erato, a seguir, nos anos de 1980, onde deixou Bach, Mozart e uma das mais celebradas interpretações das "Cenas Infantis", de Schumann; e depois a Deutsche Grammophon, a partir de 1989.
Maria João Pires fundou, em 1999, o Centro Belgais para o Estudo das Artes, em Escalos de Baixo, Castelo Branco, um projeto educativo, pedagógico e cultural dedicado à música.
Em 2018, o projeto foi renovado e reativado como Centro de Artes de Belgais, disponibilizando retiros musicais, espaço para atuações e oficinas de música.
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