“No próximo sábado, dia 6 de julho, vamos ter um programa fortíssimo. Penso que será o dia mais especial de todo o festival, porque calhou ter duas formações que para mim são excecionais, destacam-se”, declarou Rodrigo Amado, responsável pela organização da 33ª edição do Jazz no Parque de Serralves.
Em entrevista telefónica à agência Lusa, Rodrigo Amado destaca o primeiro concerto do festival, às 17h00, no Auditório, onde se vai poder ouvir e ver o “solo da intérprete Marta Warelis, uma pianista polaca que está a causar grande impacto a nível internacional".
“É uma música que consegue equilibrar influências diferentes de Cecil Taylor [pianista norte-americano] a toda a escola do piano preparado, só que ela consegue fazê-lo de uma forma natural”, explica Rodrigo Amado, acreditando que vai ser um espetáculo “mesmo muito especial”, até por causa das condições acústicas do Auditório de Serralves.
Outro dos destaques de Rodrigo Amado para o primeiro dia do festival é o concerto às 18h30, no Ténis Serralves (Jardins de Serralves), onde vai acontecer um “encontro inédito entre três das grandes figuras do jazz norte-americano", com a Ingrid Laubrock (saxofone), Michael Formanek (contrabaixo) e Jim Black (bateria), explicou o responsável.
“É um privilégio termos um trio destes no palco do Ténis, naquele ambiente que é extremamente descontraído ao fim da tarde e, portanto, acho também que vai ser um concerto muito especial”, onde se aguarda uma fusão da improvisação pura com a música erudita contemporânea, observou Rodrigo Amado.
No domingo, dia 7 de julho, às 17h00, no Auditório, está agendado subir ao palco do Auditório o dueto nacional Mariana Dionísio (voz) e João Pereira (bateria), que vai interpretar "Tracapangã", com música de carácter “essencialmente improvisada, mas que é inspirada na canção e, então, a Mariana e o João pegam em canções importantes para eles e desconstroem essas canções e em palco fazem um jogo de elementos, montando com voz e bateria que é fascinante”.
O festival Serralves Jazz continua às 18h30, no Ténis Serralves, com outra estreia, mas desta vez do novo trio de Mário Costa (“bateria português com mais projeção a nível internacional”), acompanhado dos franceses Emile Parisien (saxofone) e Bruno Chevillon (contrabaixo), a interpretar “Homo Sapiens”, havendo também uma “grande expetativa para este encontro inédito”, referiu.
O segundo fim-de-semana abre no sábado, 13 de Julho, às 17h00, no Auditório, com o espetáculo The Selva, com o trio português Ricardo Jacinto (violoncelo), Gonçalo Almeida (contrabaixo) e Nuno Morão (bateria), onde vão combinar “electro acústica, minimal e repetitiva e música de câmara”.
Ainda no dia 13, pelas 18h30, no Ténis Serralves, o trio Flora, liderado por Marcelo dos Reis (guitarra), Miguel Falcão (contrabaixo) e Luís Filipe Silva (bateria), dará um concerto de “inspiração direta no jazz de fusão dos anos 70 e no rock psicadélico e progressivo”, lê-se no dossiê de imprensa.
A 33ª edição do Jazz no Parque 2024 encerra no domingo, 14 de Julho, às 18h30, no Ténis Serralves, com a apresentação do álbum “Árbol Adentro”, com o contrabaixista argentino a residir em Portugal, Demian Cabaud, e os portugueses João Pedro Brandão e José Pedro Coelho, saxofones, João Grilo, piano e Marcos Cavaleiro, bateria, num concerto que vai cruzar improviso, folclore argentino e música de câmara.
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