Anunciados por esta ordem, Letónia, Áustria, Países Baixos, Noruega, Israel, Grécia, Estónia, Suíça, Geórgia e Arménia são os últimos finalistas apurados para a final do Festival da Eurovisão, que terá lugar já este sábado, em Malmö, na Suécia.
Pelo caminho ficaram Malta, Albânia, Chéquia, Dinamarca, São Marino e Bélgica.
Os mais recentes finalistas foram apurados na segunda semifinal do concurso, que teve lugar esta quinta-feira à noite, e juntam-se assim a Portugal, Sérvia, Eslovénia, Ucrânia, Lituânia, Finlândia, Chipre, Croácia, Irlanda e Luxemburgo na final.
A estes juntam-se Reino Unido, Espanha, França, Alemanha, Itália (os "Big Five" que se qualificaram automaticamente) e a Suécia, o país organizador.
De salientar que após ter sido vaiada pelo público dentro da Malmö Arena no ensaio geral durante a tarde, a atuação de "Hurricane" por Eden Golan a representar Israel decorreu sem incidentes, pelo menos na emissão televisiva: algumas vaias iniciais foram substituídas pelo silêncio e depois aplausos em alguns momentos.
16 canções estiveram em competição na gala desta noite, com apenas 10 a conquistar passagem à grande final.
Atuações da 2.º Semifinal:
- Malta – “Loop” by Sarah Bonnici
- Albânia – “Titan” by Besa
- Grécia – “Zari” by Marina Satti
- Suíça – “The Code” by Nemo
- Chéquia –“Pedestal” by Aiko
- Áustria – “We Will Rave” by Kaleen
- Dinamarca – “Sand” by Saba
- Arménia – “Jako” by Ladaniva.
- Letónia – “Hollow” by Dons
- São Marino – “11:11” by Megara
- Geórgia – “Firefighter” by Nutsa Buzaladze
- Bélgica – “Before the Party’s Over” by Mustii
- Estónia – “(nendest) narkootikumidest ei tea me (küll) midagi” by 5miinust & Puuluup
- Israel – “Hurricane” by Eden Golan
- Noruega – “Ulveham” by Gåte
- Países Baixos – “Europapa” by Joost Klein
iolanda e o seu "Grito"
A representante de Portugal no 68.º Festival Eurovisão da Canção, iolanda com a canção “Grito”, garantiu na terça-feira, dia 7 de maio, passagem à final do concurso, marcada para sábado em Malmö, na Suécia.
Segundo as casas de apostas online, a passagem da canção portuguesa era muito provável, mas com a atuação no palco da arena da cidade de Malmö, iolanda conseguiu conquistar o público. Nas redes sociais, a performance da artista também foi elogiada pelos fãs do concurso.
Além de “Grito”, foram também escolhidos para passar à final na primeira semifinal os temas da Sérvia, Eslovénia, Ucrânia, Lituânia, Finlândia, Chipre, Croácia, Irlanda e Luxemburgo.
Na primeira semifinal, que foi transmitida em direto em Portugal na RTP1, competiam 15 canções, por dez lugares. De fora da final ficaram os temas da Polónia, Islândia, Moldávia, Azerbaijão e Austrália.
Em cada semifinal, dez países carimbam passagem à final. O televoto de cada país vale 50% da pontuação total e os outros 50% ficam a cargo da opinião de especialistas da indústria musical, escolhidas pelo país em questão.
Este ano, participam 37 países no Festival Eurovisão da Canção, mas à final só chegam 26: os dez escolhidos na primeira semifinal, dez que serão selecionados esta quinta-feira, na segunda semifinal, e os chamados ‘Big Five’ (França, Alemanha, Espanha, Reino Unido e Itália) e o país anfitrião.
Portugal participou no Festival Eurovisão da Canção pela primeira vez em 1964, tendo, entretanto, falhado cinco edições (em 1970, 2000, 2002, 2013 e 2016). Entre 2004 e 2007, inclusive, e em 2011, 2012, 2014, 2015 e 2019, Portugal falhou a passagem à final.
Portugal venceu pela primeira e única vez o Festival Eurovisão da Canção em 2017, com o tema “Amar pelos dois”, interpretado por Salvador Sobral e composto por Luísa Sobral. Na sequência da vitória, Lisboa acolheu, no ano seguinte, o concurso.
No ano passado, Portugal em 23.º lugar no Festival Eurovisão da Canção, com Mimicat e a canção “Ai coração”.
A polémica com Israel
A participação de Israel gerou polémica, com vários apelos de representantes políticos e artistas europeus à União Europeia de Radiodifusão (UER), para que vetasse a participação daquele país devido à guerra na Faixa de Gaza.
No final de março, representantes de nove países, incluindo Portugal, assinaram uma carta na qual pediam um “cessar-fogo imediato e duradouro” na guerra de Israel na Palestina e o regresso de todos os reféns israelitas.
Na carta, os artistas começavam por afirmar que reconhecem “o privilégio de participar na Eurovisão”, mas que não se sentem “confortáveis em ficar em silêncio” perante a “situação atual nos Territórios Palestinianos Ocupados, em particular em Gaza e em Israel”.
Além da representante de Portugal, assinaram esta carta os intérpretes da Irlanda, Noruega, São Marino, Suíça, Reino Unido, Dinamarca, Lituânia e Finlândia.
Na altura, a EBU recordou que o festival é um evento “apolítico”. No entanto, em 2022 foi decidida a expulsão da Rússia do concurso na sequência da invasão da Ucrânia.
Entretanto, no domingo, iolanda apresentou-se na ‘passadeira turquesa’ (onde desfilam os representantes de todos os países, marcando assim o início dos espetáculos ao vivo do concurso), em Malmö, com um vestido de uma marca palestiniana e as unhas pintadas com o padrão do ‘keffiyeh’, um lenço que é símbolo da resistência palestiniana.
Israel foi o primeiro país não europeu a poder participar no concurso de música, em 1973, e ganhou quatro vezes, incluindo com a cantora transgénero Dana International, em 1998.
Comentários