Robbie Williams pode já não andar nos tops mundiais, nem conquistar milhões de seguidores nas redes sociais - onde tem preferido partilhar os seus desenhos, deixando a música para segundo plano -, mas as suas canções continuam a fazer sucesso entre públicos de várias idades. Além do alinhamento certeiro, o seu humor e simpatia conquistam o público.
Na noite deste domingo, dia 28 de maio, o cantor britânico estreou-se no Porto, no North Festival, e trouxe consigo todos os grandes da sua carreira a solo. Os 25 anos do seu percurso a solo foram o pretexto da digressão que já percorreu toda a Europa e que está de volta à estrada.
Tal como nos concertos anteriores nas arenas, no festival do Porto, o palco contou com uma passadeira e promoveu a proximidade entre Robbie Williams e o público - na primeira fila estava novamente Filipa, a jovem a quem o artista dedicou "She's the One" na Altice Arena.
Em palco, o cantor fez-se acompanhar por dez músicos, seis dançarinos e um coro de três vozes.
No North Festival, na Alfândega do Porto, artista entrou em palco ao som “Hey Wow Yeah Yeah”, do álbum “Take The Crown”, de 2012. O público recebeu Robbie Williams de braços abertos, mas foi ao segundo tema que as vozes se fizeram ouvir: o britânico soltou a popular “Let Me Entertain You”, carimbando o primeiro momento de festa da noite.
"A minha regra número um é adorar o público e faço-o desde os anos 1990. Não vou tentar explicar o que é entretenimento, vou mostrar o que é", prometeu e cumpriu o artista no arranque do concerto.
E entreter foi o que Robbie Williams fez toda a noite. Entre canções como "Strong" ou "Come Undone", a estrela da música britânica brincou com o público, conversou e contou as suas habituais “dad jokes”. "Qual a palavra em portugês para 'sex'? Sexo? Sexo! Só juntam o 'o'. E para 'drugs'? Droga? E 'scandal'? Escândalo? Só juntam um 'o' a tudo", brincou, tal como já tinha acontecido no concerto em Lisboa.
Depois de "Come Undone", o cantor lembrou o início da sua carreira com os Take That. Enquanto era projectado o videoclipe censurado de "Do What U Like", o artista recordou os tempos da popular boyband. "1990, o Muro de Berlim cai, Nelson Mandela é libertado e cinco rapazes de Manchester mudam a paisagem musical para sempre. E qual é o nome deles, perguntam vocês? Take.... That? Não. Foram os N’Sync", brincou o artista, arrancando gargalhadas à multidão, cantando alguns versos de "Could It Be Magic".
Depois de recordar a sua passagem pelo festival de Glastonbury, Robbie Williams apostou numa versão de "Don’t Look Back in Anger", dos Oasis.
No alinhamento seguiu-se "Love My Life", carimbando um dos momentos de maior festa da noite e com direito a confetes. "Eu sempre disse que não me ia casar e não ia ter filhos. Nunca. Bem, estou casado há 17 anos e tenho quatro filhos", brincou.
Entre as canções, o britânico também conversou diretamente com o público, nomeadamente com Filipe, fã que estava nas primeiras filas. Mas o cantor também falou para quem ficou em casa (ou no Airbnb?), na varanda, a ver o concerto: "Deve ser a melhor área VIP. Comprem os bilhetes", disse, entre risos.
Para a reta final do concerto, Robbie Williams reservou "Feel", "Candy", "Kids" e "Rock DJ" , fazendo a multidão cantar a uma só voz todos os versos dos populares temas.
Depois da habitual pausa, o artista regressou a palco para uma despedida triunfal. Depois da emotiva "No Regrets", Robbie Williams deitou-se no palco e conversou com duas fãs gémeas, a quem dedicou "She's the One" - com algumas adaptações na letra.
Para o final ficou reservado um dos momentos mais emotivos da noite, ao som de "Angels". Já para a despedida final, Robbie Williams deixou o público com medley com “Strong”, “Come Undone”, “Feel” e “Angels”, garantindo um final celebrado em uníssono pela multidão.
Para já, não sabemos quando Robbie Williams volta a Portugal, mas há uma certeza: será sempre recebido de braços abertos pelos fãs.
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