No primeiro semestre de 2023, serão 25 'showcases' no Café Concerto do Convento São Francisco de músicos emergentes (todas as terças-feiras, às 19h30) e uma “micro-residência artística” por mês, que vai juntar um artista ou projeto de Coimbra com um nome de outro ponto do país, apresentando em palco, durante o ciclo, o resultado desse encontro, anunciou hoje a organização, em conferência de imprensa.
O ciclo, que conta com a curadoria da Blue House, produtora de Coimbra, vai contar, neste semestre, com uma parceria com a Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra (EACMC) e do Jazz ao Centro, entidades responsáveis pela escolha de algumas das sessões.
No ciclo, estão previstas, entre outras, residências artísticas entre o pianista Luís Figueiredo e a artista neozelandesa a residir em Portugal Maree Lawn, ou do saxofonista conimbricense João Mortágua com o projeto de música eletrónica St James Park (do produtor Tiago Sampaio).
As residências terão como resultado um concerto, intitulado "Café Duplo" e que acontecerá na última terça-feira de cada mês, em que os dois artistas apresentam-se de forma separada, mas que mostram ao vivo também o cruzamento espoletado pela residência, explicou.
“Queremos que o ciclo seja um espaço de diversidade, a começar pela diversidade artística e musical”, notou Ricardo Jerónimo, da Blue House, realçando que tanto se pode encontrar no ciclo um cantautor como um projeto da eletrónica ou uma banda de pop.
O ciclo, frisou, não ficará preso a artistas de Coimbra, trazendo músicos de vários outros pontos do país, mas também de outros países, como Espanha, México ou Angola.
“Este é um projeto, sem dúvida, fundamental. Vocês já deveriam ter existido há muito mais tempo e espero que continuem por muitos anos. Para quem está a começar, faz muita diferença”, salientou Mauro Ribeiro, da EACMC.
Também para o diretor do Jazz ao Centro Clube (JACC), José Miguel Pereira, o ciclo tem tido “um papel importantíssimo” na dinâmica da cena musical do concelho.
Já o diretor artístico do Convento São Francisco, Paulo Pires, sublinhou que é importante dar atenção à “pequena escala”, considerando que é necessária a “proximidade e informalidade” nas artes e na cultura.
Para além do ciclo de concertos e das residências, a Blue House irá também reabrir a convocatória do MIC – Música Independente de Coimbra, projeto começado em 2022 e que dá uma primeira oportunidade de gravação em estúdio e de produção de videoclipe para artistas emergentes.
O projeto já apoiou oito artistas e, a partir de quarta-feira, estarão abertas as inscrições para esta nova edição do MIC, que irá apoiar agora quatro projetos.
As inscrições, referiu João Silva, da Blue House, estarão abertas até 25 de abril.
Comentários