Apaixonada por sapatos, Céline Dion conta com uma coleção com mais de 10 mil pares. No seu novo documentário, disponível na Amazon Prime Video, a artista confessa que, se gostar, não interessa o tamanho do sapato.
"Quando uma mulher adora os seus sapatos, para ela, servem sempre. Já calcei sapatos, minha cara, em que os meus dedos ficavam assim [encolhidos], porque não tinham o meu tamanho", começa por contar a cantora.
"Sempre que gostava de uns sapatos, perguntavam: 'Que tamanho calça?' E eu: 'Não, não compreende. Que tamanho têm? Eu faço com que me serviam. Vão servir. Vou andar neles. Os sapatos não me limitam. Já calcei sapatos em que tive os pés assim [dobrados] e, por vezes, assim [esticados], para os segurar. Do 36 ao 40, deem-mos", acrescenta.
O momento foi partilhado nas redes sociais e soma mais de 25 milhões de visualizações.
"Eu Sou: Céline Dion" estreou-se na passada segunda-feira, dia 25 de junho, na Amazon Prime Video. O documentário oferece um um olhar cru e honesto dos bastidores da luta da artista diagnosticada com uma doença que lhe mudou a vida.
"Dedicado aos fãs, este documentário inspirador destaca a música que guiou a vida da artista, ao mesmo tempo que exibe a resiliência do espírito humano. Este filme contém cenas pungentes do foro do trauma clínico, o que deve ser tido em conta pelo espectador", frisa o serviço de streaming.
Realizado pela canadiana Irene Taylor, nomeada para um Óscar por "The Final Inch", o documentário mostra Céline Dion acompanha a vida da cantora nos últimos anos, desde o momento em que revelou que tinha sido diagnosticada com de síndrome da pessoa rígida (SPR), que não tem cura e a forçou a cancelar as suas apresentações por tempo indeterminado.
O tratamento ajuda a aliviar os sintomas desta doença, que pode causar rigidez muscular no tronco, braços e pernas, afetando a mobilidade, além de espasmos graves que podem causar falhas na voz de forma incontrolável.
Irene Taylor disse à AFP que o único pedido de Dion foi poder contar a sua própria história, com as suas próprias palavras. “Foi como música para os meus ouvidos de contadora de histórias. Ela revelou-se e foi muito autêntica”, tanto “na alegria como no sofrimento”, frisou.
O documentário oferece imagens de arquivo, bem como cenas ternas em casa com os seus filhos e cães que oferecem um retrato peculiar e aconchegante de Céline como mãe. Ao longo da longa-metragem, a cantora mostra-se em momentos de total fragilidade, incluindo uma longa sequência que mostra em detalhes dolorosos a artista a sofrer uma convulsão. O episódio deixa-a imóvel e incapaz de falar, o que levou muitos espectadores às lágrimas.
Foi em 2022 que a estrela canadiano do pop anunciou que fora diagnosticada com uma condição neurológica rara conhecida como síndrome da pessoa rígida (SPR), que provoca rigidez muscular, com dores agudas e afeta a mobilidade.
"'I Am: Céline Dion' capta mais de um ano de gravações, à medida que a lendária cantora navega no seu caminho para viver uma vida aberta e autêntica com a sua doença", descreve a sinopse.
Céline Dion vendeu mais de 250 milhões de álbuns durante os seus 40 anos de carreira.
A estrela do Quebeque (Canadá) não sobe aos palcos desde um espetáculo em Newark (EUA) em março de 2020, quando a sua digressão Courage World Tour foi então interrompida pela pandemia de COVID-19.
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