
Carolina Deslandes editou esta quinta-feira, dia 22 de maio, o seu sétimo álbum de estúdio. "Chorar no Club" já se encontra disponível em todos os serviços de streaming de música.
O novo disco da artista conta 24 canções, incluindo os temas "Tento na Língua", com Iolanda, "Pensar Em Mim", "Sexo Fraco" e "Eu Deixei". "Plot Twist" é o single que acompanha o lançamento de "Chorar no Club".
Com 24 faixas, este é assumidamente o disco mais ousado da sua carreira. Pela primeira vez, Carolina Deslandes partilha a produção com vários nomes em simultâneo, incluindo uma mulher: Feodor Bivol, MAR, Jon. e D'AY.
"Conheço a Carolina há 10 anos. Há centenas de concertos e milhares de horas de música juntos (...) É uma das minhas pessoas favoritas para fazer música juntos. Antes de produtor e músico, sou muito fã da obra dela, por isso fazer este álbum e explorar esta nova vertente dela foi muito especial para mim", frisa Feodor Bivol.
Para MAR, "este disco é a Carolina por inteiro": "Eu só sei que a placagem que fiz à Carol depois dela ter escrito o verso do ‘cara feia’ foi instinto puro, ela cuspiu tanta verdade que não deu pra ficar parada. Sinto que este disco é a Carolina por inteiro: a que todo o mundo conhece e a que ela sempre foi".
"Produzir um álbum com a Carolina é tipo terapia com banda sonora — rimos, choramos e no fim ainda sai um disco. Ela tem ideias a cada cinco minutos e, incrivelmente, todas funcionam.", destaca Jon. "Trabalhar com a Carolina foi uma viagem emocional. Este disco é cru, honesto e cheio de alma, cada faixa tem verdade e intenção", acrescenta D’AY.
"É recomendado o uso de 'Chorar no Club' em caso de auto-sabotagem, dúvida, ansiedade e estados depressivos. É também aconselhado o uso deste medicamento para beijar na boca e para sair de dinâmicas tóxicas e nocivas", destaca a artista na bula que acompanha o disco, e onde recomenda uma canção para cada hora do dia.
"Este medicamento não necessita de receita médica. Para mais dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico, a sua terapeuta, a sua melhor amiga ou algum estranho que pareça são para ouvir. Pode causar flashbacks emocionais intensos, amor-próprio radical e espontâneos ataques de dança", brinca a artista.
CARTA DE CAROLINA DESLANDES:
"Chorar no Club" é o meu primeiro álbum com heterónimos. Cabem nele todas as minhas personalidades, e com elas as suas dúvidas, os seus desejos. É o primeiro álbum que faço desde o Casa que tem vários produtores — amo cada um deles com todas as minhas personalidades.
É um álbum que fala sobre fugirmos das nossas vidas para a noite, não para fingir que somos felizes, mas para enganar a solidão e chorar a dançar, misturado na multidão. Vivi muito tempo da minha vida a trabalhar em discotecas e a escapar da minha casa. Costumava dizer que tive mais conversas honestas numa cabine de DJ do que numa igreja.
"Chorar no Club" é um reencontro com a mulher que fui antes da maternidade e com a mulher que estou a descobrir — é ousado, feminista, sexual, também solitário, introspectivo, e acima de tudo, livre.
Não me quero repetir, não quero ficar demasiado confortável na minha pele. Quero experimentar, quero dar o que tenho e o que ainda nem sei que existe — ser artista é viver a fazer perguntas.
Este álbum acendeu uma vontade e uma sede que eu não sabia que precisava. Adoro sair da caixa em que toda a gente acha que eu vivo.
"Chorar no Club" é uma festa — sobre o quanto precisamos todos de terapia e de curar os nossos corações partidos.”
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