O festival de fado Caixa Alfama, que abre hoje, em Lisboa, assinala o regresso de Marina Mota a este género musical, e conta no cartaz, que se cumpre também no sábado, com nomes como Camané e António Pinto Basto.
O festival, que reúne mais de 50 artistas, reparte-se por 12 palcos no bairro lisboeta de Alfama, incluindo igrejas, sociedades de recreio, um hotel, um escritório de advocacia, o Museu do Fado e o Terminal de Cruzeiros junto do qual está instalado o palco principal.
A edição deste ano homenageia Fernando Maurício (1933-2003), que foi apelidado como “rei do fado”. Hoje, às 21h15, no palco principal, o fadista é evocado por Jorge Fernando, autor de um dos êxitos, “Boa Noite, Solidão”, e pelos seus convidados, os fadistas Vítor Miranda, Jaime Dias, Pedro Galveias, Luís Matos, Ana Maurício e Cátia Miranda.
Também hoje, às 18h00, no terraço do Terminal de Cruzeiros, é apresentado “Maurício pelas novas Gerações” com Miguel Moura, Francisco Moreira e Rodrigo Lourenço.
Ainda hoje, às 22h30, no Centro Cultural Dr. Magalhães de Lima, o fadista António Pinto Basto celebra os 50 anos de carreira, que conta êxitos como “A Canção da Rosa Branca”, “O Homem do Ribatejo” e “Açorda d’Alho”.
Hoje, a programação do palco principal encerra com a atuação de Camané que ganhou duas Grandes Noites do Fado de Lisboa, como júnior e sénior, e, entre outros galardões, recebeu dois prémios Amália - o de Melhor Intérprete, em 2005, e o de Melhor Disco, em 2011 -, e o Prémio Manuel Simões de Melhor Disco, em 2018.
Do cartaz de hoje, nos diferentes palcos, constam, entre outros, Ana Marta, no palco St.ª Maria Maior, Lenita Gentil, no Museu do Fado, Miguel Ramos, no Centro Magalhães de Lima, Paulo Bragança, no Sportivo Adicense, e José Gonçalez e Ana Sofia Varela, na Igreja de S. Miguel.
Marina Mota, que iniciou a carreira artística como fadista, conhecida como “menina de Alcântara”, tem um extenso currículo como atriz, nomeadamente no teatro de revista, em telenovelas e programas de humor na televisão. Nesta edição do festival, Marina Mota regressa ao fado.
A cantora e atriz atua no sábado, às 21h30, no palco principal.
A programação deste palco abre com a gravação do programa da RTP “Em casa d’Amália”, coordenado por José Gonçalez, com Carminho, António Zambujo, André Dias, Flávio Cardoso Jr. e Tiago Maia; o encerramento do palco cabe a Ricardo Ribeiro, vencedor da Grande Noite do Fado em 1997, e distinguido com dois prémios Revelação, em 2005 - pela Fundação Amália Rodrigues e pela Casa da Imprensa. Seis anos depois recebeu o Prémio Amália para Melhor Intérprete.
O cartaz de sábado inclui, entre outros, Célia Leira, no palco Amália, no auditório da sociedade Abreu Advogados, Tânia Oleiro e Natalino de Jesus, no Museu do Fado, José Geadas e Ana Carolina Ribeiro, na Igreja de S. Miguel.
O Festival, com uma lotação diária de 4.000 pessoas, retoma nesta edição, como principal patrocinador, a Caixa Geral de Depósitos, que já o tinha apoiado, recuperando o nome "Caixa Alfama", substituindo o das edições mais recentes, "Santa Casa Alfama", cujo principal patrocinador foi a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML).
A SCML, todavia, apoia a facilitação de acessos a pessoas com mobilidade reduzida, e garante a tradução em língua gestual portuguesa, no palco principal, o Caixa.
O bilhete diário custa 25 euros e o passe para os dois dias 35 euros.
A programação do festival pode ser consultada em www.caixaalfama.com.
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