A banda, que se exilou devido à oposição a Moscovo, na sequência da guerra na Ucrânia, referiu na sua conta no Facebook que vai partilhar mais detalhes nos próximos dias.
Sete pessoas ligadas à banda, incluindo os atuais seis membros, foram detidas pela polícia tailandesa a 24 de janeiro na ilha de Phuket, no leste do país, por alegadamente atuarem sem as autorizações necessárias e entrarem no país sem o visto adequado, de acordo com a agência de notícias EFE.
De acordo com os Bi-2, que atuaram recentemente na cidade de Pattaya, o erro na documentação foi cometido pela organização do evento. Em 2023, o grupo tinha atuado duas vezes na Tailândia sem qualquer problema.
O organizador do evento, VPI, admitiu, na terça-feira, ter "emitido incorretamente vistos de turista para os membros da banda, o que causou uma violação da lei de imigração da Tailândia". Disse, além disso, que tem recebido desde dezembro "pressões do consulado russo" na Tailândia para cancelar os concertos.
O vocalista e líder do Bi-2, Igor Bortnik, foi deportado na quarta-feira para Israel, enquanto os restantes membros partiram um dia depois para o mesmo destino.
As organizações de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) e Amnistia Internacional, bem como a líder da oposição bielorrussa no exílio, Sviatlana Tsikhanouskaya, apelaram às autoridades tailandesas para que não deportassem os músicos para a Rússia, alegando que poderiam ser perseguidos.
Em maio de 2023, o Ministério da Justiça russo designou Bortnik como "agente estrangeiro" por "se opor à 'operação militar especial' na Ucrânia, [e] fazer declarações negativas sobre a Rússia, os seus cidadãos e autoridades", notou a HRW.
Os Bi-2, formados em 1988 na cidade bielorrussa de Babruysk e com bastante sucesso na Rússia, são atualmente compostos por seis membros, a maioria dos quais partilha a nacionalidade russa com a de outro país.
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