
Bad Bunny, que atuou em 2017 perante apenas uma centena de pessoas em Saragoça, em Espanha, regressa agora à Europa como fenómeno global. Portugal está na rota da nova digressão - o artista atua nos dias 26 e 27 de maio no Estádio da Luz, em Lisboa.
Em 2017, o cantor de Porto Rico pisava pela primeira vez palcos europeus com a digressão "Soy Peor Euro Tour". Passou por várias cidades, incluindo Saragoça, onde protagonizou dois concertos bem distintos: um, quase intimista, diante de pouco mais de cem pessoas, na discoteca La Diosa; e outro, mais concorrido, no bairro Casetas, nas Festas do Pilar.
O cartaz do evento, partilhado nas redes sociais com um tom nostálgico, mostra os preços da altura: 15 euros para a entrada antecipada normal, 25 euros para o bilhete VIP e 40 euros para a Super VIP. Na bilheteira, o bilhete mais caro não chegava aos os 50 euros.
Sete anos depois, a realidade é bem diferente. Bad Bunny tornou-se um dos artistas mais influentes da música global, com múltiplos Grammys, milhões de fãs e atuações esgotadas em todo o mundo. A sua nova digressão mundial, anunciada recentemente, inclui várias datas na Europa — e todas esgotadas.
Em Portugal, os bilhetes para o concerto de Bad Bunny no Estádio da Luz, em Lisboa, variavam entre 70 e 545,60 euros (sem taxas). A elevada procura fez esgotar rapidamente a maioria das categorias, estando apenas alguns bilhetes VIP disponíveis.
A estreia de Bad Bunny em Portugal chegou a estar anunciada para 2020, nos festivais Primavera Sound Porto e Sudoeste, mas acabou por não acontecer devido à pandemia da COVID-19.
A digressão "Debí tirar más fotos" inicia-se em 21 de novembro em Santo Domingo, na República Dominicana, passando depois pela Costa Rica, México, Colômbia, Peru, Chile, Argentina, Brasil, Austrália e Japão, antes de chegar à Europa.
O primeiro concerto em solo europeu está marcado para 22 de maio do próximo ano em Barcelona. Além de Espanha e Portugal, estão incluídas datas na Alemanha, Países Baixos, Reino Unido, França, Suécia, Polónia, Itália e Bélgica.
Este verão, o cantor, rapper e produtor, uma das maiores estrelas da música latina atual, fará uma série de concertos no Coliseu de Porto Rico, país onde nasceu há 31 anos.
Visto em retrospetiva, os que estiveram com Bad Bunny em Saragoça em 2017 — quando o nome ainda não dominava tops nem redes sociais — têm agora uma história única para contar. Ver o artista por menos de 20 euros tornou-se um privilégio raro numa carreira que não dá sinais de abrandar.
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