“Da música, à performance, às artes circenses, à dança e ao cinema, iremos oferecer uma panóplia de oferta, que julgo todos encontrarão algo em que se rever”, disse Rui Costa, em declarações aos jornalistas, na apresentação do programa do Serralves em Festa, que regressa após um interregno de três anos ditado pela pandemia de COVID-19.
A última edição realizou-se em 2019 e recebeu cerca de 250 mil pessoas.
Nos dias 2, 3 e 4 de junho, de sexta-feira à noite até domingo à noite, o Serralves em Festa vai estar “dentro de portas, mas já no dia 1 de junho [vai] à baixa do Porto, à zona da Praça dos Leões, Praça Carlos Alberto e Cordoaria, e a Vila Nova de Gaia, ao Jardim do Morro”, passando ainda pela Igreja da Lapa.
Na música, o programador responsável por esta área destacou os 808 State & Michael England, que lembrou serem pioneiros do ‘acid house’.
A banda “revolucionou todo um género de música”, sendo o seu primeiro álbum, “Newbuild” (1988), visto como “um marco na eletrónica britânica e referência para nomes como Aphex Twin e Autechre”.
Mouse on Mars, Rui Reininho, os sul-africanos BCUC, Oren Ambarchi & João Pais Filipe, e o norte-americano Sarathy Korwar são outros nomes destacados pelo programador.
Nas artes performativas, a programadora Cristina Grande destacou o espetáculo de circo contemporâneo “FIQ! (Réveille-toi)”, do grupo acrobático de Tânger, criado em 2003 por Sonae El Kamouni, que se apresentará em Serralves com Maroussia Diaz Verbèke, e na dança contemporânea, o destaque vai para “The Goldberg Variations”, de Michiel Vandevelde, que estará acompanhado de Audrey Merilus e Oskar Stalpaert, que refletem sobre o estado da dança atual, mas também sobre o estado da democracia e sobre diferentes formas de fisicalidade.
Na dança contemporânea destaca-se também o espetáculo “Aqui, Agora, Neste Momento”, um projeto desenvolvido por Vera Mantero, Elisabete Francisca e Mariana Tengner Barros em torno da improvisação enquanto prática fundamental na área das artes do espetáculo, e “A Barricada”, do coreógrafo brasileiro Marcelo Evelin.
Da programação para as famílias e crianças, destaca-se “El Gran Final”, uma tragicomédia que baseia a sua essência no reencontro de dois palhaços, separados há muitos anos na sequência da eclosão de uma guerra civil, da companhia Bucraá Circus, e “Gnoma”, um espetáculo de marionetas sobre o desafio da amizade e da tolerância e sobre as novas estruturas familiares.
Para as deslocações até Serralves, a STCP assegura ligações contínuas em autocarro, mesmo durante as madrugadas de sábado (3 junho) e domingo (4 junho).
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