O festival, que decorrerá entre 28 agosto e 7 de setembro, decidiu galardoar o realizador americano pela sua contribuição «relevante e nem sempre reconhecida no seu alcance revolucionário para a profunda renovação do cinema americano», afirma um comunicado. Para o diretor da mostra veneziana, o crítico de cinema Alberto Barbera, a obra de
William Friedkin, de 77 anos, é «exemplo de um cinema exigente, inteletualmente honesto e emocionalmente intenso».
«Depois de ter quebrado as regras do documentário com algumas obras televisivas idealizadas com um olhar seco, impiedoso e imprevisível, Friedkin revolucionou dois géneros populares, o policial e o terror», destacou Barbera. O realizador, produtor e argumentista americanor venceu o Óscar por
«Os Incorruptíveis Contra a Droga» (1971), que denunciava as ramificações do tráfico de drogas.
Friedkin iniciou a carreira em 1962 com trabalhos para televisão, em particular na série «Alfred Hitchcock Hour», para a qual dirigiu alguns episódios. O cineasta foi aclamado pela crítica com seu filme mais recente,
«Killer Joe», exibido na mostra oficial de Veneza há dois anos.
«Veneza, durante a Mostra, é minha casa espiritual. Receber o Leão de Ouro é algo que não esperava, uma honra aceitar. Sinto gratidão e amor», declarou o cineasta, segundo o comunicado do festival. Durante o festival, Friedkin apresentará uma cópia restaurada de
«O Comboio do Medo» (1977).
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