Val Kilmer conhece bem as histórias sobre a sua má reputação que o fizeram ganhar a alcunha de "Psycho Kilmer" [Kilmer psicopata].
Por exemplo, escolhido para suceder a Michael Keaton em "Batman Para Sempre" (1995), ele e o realizador Joel Schumacher deram-se tão mal que não repetiram a experiência e George Clooney sucedeu-lhe como o super-herói.
Já em "A Ilha do Dr. Moreau" (1996), Richard Stanley, o primeiro realizador, foi despedido ao fim de três dias supostamente por conflitos com o ator. Foi substituído pelo lendário John Frankenheimer e a rodagem continuou caótica, com este a admitir que havia duas coisas que não faria na vida: escalar o Evereste e trabalhar outra vez com Kilmer.
A carreira durou mais alguns anos, mas más escolhas de projetos e outros episódios de mau comportamento acabaram por afastá-lo da ribalta conquistada graças a filmes como "Top Gun", "The Doors: O Mito de Uma Geração", "Tombstone", "Heat - Cidade Sob Pressão" e "O Santo".
Agora Val Kilmer mostra-se arrependido pelas atitudes egoístas que o fizeram ganhar na indústria a reputação de ser alguém com quem é difícil trabalhar.
"Não apoiei os investidores o suficiente nem fui lisonjeiro e tranquilizador. Apenas me importava com a representação e isso não se traduzia em importar-me com o filme e todo esse dinheiro", explicou durante uma sessão "Ask Me Anything" [Perguntem-me o que quiserem] no Reddit.
Kilmer acrescentou que gostava de "assumir riscos" que pensava que garantiam a integridade artística dos projetos em que estava envolvido, mas que davam a impressão que estava disposto a correr o risco do investimento não ter sucesso, comportamento que reconhece ter sido "insensato".
"Agora percebo isso. E por vezes quando se está à frente de um projeto e o ator protagonista é normalmente a razão para o filme ser feito, a não ser que se trate de um realizador super estrela, então é apenas justo fazer as pessoas sentirem-se bem e felizes quando estão a trabalhar. Muitas vezes eu estava infeliz a tentar tornar os filmes melhores", concluiu.
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