A caminho dos
Óscares 2019
Ainda que o Urso de Ouro de Berlim ou a Palma de Ouro de Cannes tenham um enorme significado para os seus cineastas e para a comunidade do cinema independente, há quase um século que o Óscar é visto por milhares de pessoas em todo o mundo como um dos eventos mais egocêntricos de Hollywood: repleto de estrelas com roupas cheias de glamour.
O mistério da origem do nome tão comum, facto raro para um prémio, é uma das lendas utilizadas para atrair mais a atenção.
A Academia das Artes e Ciências Cinematográficas criou o Óscar em 1927 para promover os seus filmes e honrar o desempenho de atores, atrizes, e realizadores, que competem em 24 categorias.
Originalmente, a Academia contava com 36 membros e hoje soma 5.830.
O diretor de arte do estúdio Metro-Goldwyn-Mayer, Cedric Gibbons, foi eleito para desenhar a estatueta: um cavaleiro despido e corpulento, com os braços cruzados que segura uma espada e está parado sobre um rolo de filme.
A primeira cerimónia - simples e rápida - ocorreu no dia 16 de maio de 1929 no Hotel Roosevelt de Hollywood, a poucos metros de onde atualmente são entregues os prémios, o Dolby Theatre.
Desde a primeira cerimónia, milhares de troféus foram entregues numa festa que se tornou um evento pomposo.
As primeiras estatuetas eram de bronze, mas durante a Segunda Guerra Mundial - devido à escassez de metais - os troféus começaram a ser feitos de gesso, sendo depois substituídos pelas atuais figuras banhadas a ouro e prata.
O troféu não se chamou sempre Óscar, mas a sua forma não mudou desde o seu nascimento, excepto quando foi acrescentado um pedestal à figura, em 1945.
Uma lenda indica que a responsável pela biblioteca da Academia e eventual diretora-executiva Margaret Herrick achava a estátua muito parecida com o seu tio Óscar. E por isso, os seus funcionários começaram a referir-se à estatueta por esse nome.
Um jornalista especializado em Hollywood, Sidney Skolsky, utilizou o nome Óscar numa coluna de 1934 ao referir-se ao prémio de melhor atriz recebido por Katharine Hepburn, e a Academia começou a utilizar o "apelido" em 1939.
A primeira cerimónia durou 15 minutos e foram distribuídas 15 estatuetas. Hoje em dia é uma transmissão de mais de três horas vista por cerca de um milhão de telespectadores em todo o mundo.
Divulgados inicialmente através de rádio, os prémios da Academia foram transmitidos pela televisão a preto e branco pela primeira vez em 1953, passando para a transmissão em cores em 1966.
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