Tomás Alves, Ana Padrão e Lua Michel foram distinguidos na terça-feira com o Prémio Atores de Cinema da Fundação GDA – Gestão dos Direitos dos Artistas, numa cerimónia que decorreu em Lisboa.
Na 16.ª edição do Prémio Atores de Cinema, Tomás Alves foi distinguido pela Melhor Interpretação de Papel Principal em “Salgueiro Maia – O Implicado”, de Sérgio Graciano, Ana Padrão pela Melhor Interpretação de Papel Secundário em “Alma Viva”, de Cristèle Alves Meira, e Lua Michel recebeu o prémio de Novo Talento, pelo papel que interpreta em “Alma Viva”.
Os vencedores recebem prémios monetários no valor de três mil euros (Melhor Interpretação de Papel Principal), dois mil euros (Melhor Interpretação de Papel Secundário) e mil euros (Novo Talento).
O Prémio Atores de Cinema, segundo a Fundação GDA, “tem como objetivos promover, valorizar e distinguir o trabalho das atrizes e dos atores no cinema português”.
Este ano, fizeram parte do júri os atores Ângela Pinto, Luís Lucas e Sandra Faleiro, que avaliaram o trabalho de interpretação dos colegas nas obras estreadas comercialmente em sala entre 01 de janeiro e 31 de dezembro de 2022.
“Salgueiro Maia - O Implicado”, protagonizado pelo ator Tomás Alves, conta a história de vida de Salgueiro Maia, um dos militares responsáveis pela Revolução de Abril de 1974, que levou à definitiva queda da ditadura do Estado Novo.
Estreado nos cinemas portugueses em 14 de abril de 2022, assenta na biografia “Salgueiro Maia - Um homem da Liberdade”, de António de Sousa Duarte sobre a vida do Capitão de Abril.
O filme de Sérgio Graciano, no entanto, é uma história ficcionada ainda que baseada em factos históricos, relatos pessoais, revelações íntimas, emoções reais de quem acompanhou o capitão ao longo de toda a vida.
“Alma Viva”, produzido pela Midas Filmes em coprodução com França e Bélgica, é a primeira longa-metragem de Cristèle Alves Meira e estreou-se em 2022 na Semana da Crítica, em paralelo ao festival de Cannes.
O filme, um microcosmo sobre laços familiares, emigração, misticismo e a cultura transmontana, foi integralmente rodado em Junqueira, concelho de Vimioso, distrito de Bragança, onde a realizadora tem raízes maternas. As filmagens contaram sobretudo com atores não profissionais da localidade.
“Alma Viva” centra-se em Salomé, papel interpretado por Lua Michel, uma menina, filha de emigrantes portugueses em França, que passa o verão numa aldeia com a avó, com quem tem uma forte ligação afetiva e espiritual.
No filme, Ana Padrão é Fátima, que, “devido a um amor transgressivo e não assumido por outra mulher, nunca quis emigrar e deixar Trás-os-Montes”.
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