Se "Toy Story" tivesse ficado pelo terceiro filme, seria uma das melhores trilogias de sempre da história do cinema.
A teoria é de Quentin Tarantino, que acha que a história terminou com "Toy Story 3" em 2010 e por isso nunca viu o quarto, lançado em 2019 e que ganhou o Óscar de Melhor Longa-Metragem de Animação. O mesmo será de prever em relação ao anunciado "Toy Story 5", que chega aos cinemas em junho de 2026.
O tema surgiu durante a primeira parte da participação do realizador no podcast "Club Random", quando o anfitrião Bill Maher comentou que "O Padrinho" devia ter ficado pelo segundo filme porque concluía a história da transição de Michael Corleone (Al Pacino) de ingénio 'outsider' dos negócios da família a mandante da morte do próprio irmão.
“Não vejo todos os filmes de animação e coisas do género, mas sou um grande fã da trilogia ‘Toy Story’. Acho que existe apenas uma trilogia que funciona completa e totalmente até o enésimo grau: 'Um Punhado de Dólares', 'Por Mais Alguns Dólares' e 'O Bom, o Mau e o Vilão'", notou.
Referindo-se à célebre "Trilogia dos Dólares" protagonizada por Clint Eastwood e realizada por Sergio Leone entre 1964 e 1966, Tarantino diz que “faz o que nenhuma outra trilogia foi capaz de fazer. O primeiro filme é fantástico, mas o segundo é tão bom e leva a ideia geral a uma dimensão tão superior que arrasa o primeiro. E depois o terceiro faz a mesma coisa com o segundo, e é isso que nunca acontece. Vê-se um grande salto do primeiro para o segundo e não conseguem realmente acertar com o terceiro".
Como exemplo, defendeu que a trilogia original "Mad Max" não conseguiu fechar em beleza porque "Mad Max - Além da Cúpula do Trovão" (1985) é um passo atrás em relação a "Mad Max 2: O Guerreiro da Estrada" (1981).
Tarantino explicou a seguir como encara a saga "Toy Story" da Pixar.
"O terceiro é simplesmente magnífico. É um dos melhores filmes que já vi. E se se tiver visto os outros dois, é simplesmente devastador. Mas a questão é que, três anos depois ou coisa do género, fizeram um quarto. E não tenho qualquer vontade de ver. Terminaram literalmente a história da forma mais perfeita possível que podiam. Portanto não, não me importo se é bom. Estou despachado. Ainda pode ser bom, mas estou despachado", resumiu.
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