Simon Pegg, um conhecido fã da saga "Star Wars" mas também um dos detratores da segunda trilogia, admite que se sente culpado por ter contribuído para o negativismo à volta de Jar Jar Binks com as piadas que fez após o ator e músico Ahmed Best ter revelado que a onda de críticas violentas que enfrentou por ter interpretado o "infame" personagem entre 1999 e 2005 o levou a pensar no suicídio.
"Sinto-me tão envergonhado do facto de que havia realmente uma vítima, uma vítima humana nisso. Acho que a maioria das pessoas estavam a pensar no Jar Jar Binks como se fosse uma criatura real e a lamentar-se por ser chato ou o que era, ou não gostar dele. Mas havia uma pessoa por trás disso. E li aquilo e pensei: 'Cristo, sou uma dessas pessoas'. Isso fez-me sentir péssimo", revelou em entrevista ao Now This.
Foi no início de julho que Ahmed Best, agora com 44 anos, falou da dolorosa experiência.
Sem nunca mencionar "Star Wars: Episódio I - A Ameaça Fantasma" (1999), onde teve o seu grande papel, que os críticos arrasaram o filme pelo seu humor infantil, destacando negativamente Jar Jar Binks, Ahmed Best partilhou nas redes sociais uma fotografia sua com o filho a olhar para o mar e escreveu: "No próximo ano faz 20 anos que enfrentei reações negativas que afetam a minha carreira até hoje. Este foi o lugar em que quase terminei a minha vida. Ainda é difícil falar sobre isso. Sobrevivi e agora esse pequeno é o meu presente. Essa seria uma boa história para o meu espetáculo a solo? Digam-me."
Para os fãs da saga, a atrapalhada e medrosa personagem da raça dos Gungan, que habitava as profundezas dos pântanos de Naboo, tornou-se símbolo de tudo o que acham errado na segunda trilogia e normalmente fica em primeiro lugar nas sondagens das mais odiadas.
Acredita-se que a reação levou George Lucas a reduzir notoriamente as suas aparições nos outros dois filmes, "O Ataque dos Clones" (2002) e "A Vingança dos Sith" (2005).
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