Não há Luke Skywalker, Han Solo, princesa Leia, Darth Vader ou Força que lhe valha: "Star Wars" pode ser uma das sagas cinematográficas mais populares do mundo, mas não na China. Onde os filmes da Marvel fazem muitos milhões e é o segundo maior mercado de cinema do mundo, estando previsto que seja o primeiro até 2020.
Numa entrevista ao JoBlo, Donnie Yen, o popular ator do cinema de Hong Kong que entrou no primeiro filme fora das trilogias, "Rogue One" (o que foi visto como uma tentativa para quebrar a "maldição"), ofereceu uma teoria para o estranho desencantamento, que remete para a trilogia original (1977-1983) não ter sido vista nos cinemas chineses e a segunda (1999-2005) ter chegado quando o mercado de cinema não tinha ainda grande expressão.
"Os espectadores chineses não cresceram com a cultura 'Star Wars', portanto infelizmente não funcionou", explicou.
"A Marvel é muito mais fácil de perceber. No caso de 'Star Wars', existe toda uma cultura disponível. Marvel, do guarda-roupa à música, aos ídolos, às estrelas, é muito mais fácil fechar a lacuna entre o filme e o público", garantiu.
Se o recente segundo "spin-off" da saga, "Han Solo", não tivesse estragado a média, poderia dizer-se que todos os filmes feitos pela Disney desde 2015 passaram a barreira dos mil milhões. Paralelamente, as receitas arrecadadas na China começaram já modestas e têm vindo a cair a pique a cada novo título.
Assim, "O Despertar da Força" (2015) conseguiu 124 milhões na China (total global: 2,06 mil milhões); "Rogue One" desceu para 69 milhões (total global: 1,05 mil milhões); "Os Últimos Jedi" (2017) foi um desastre tão grande que se tornou notícia ter sido retirado das salas em duas semanas, com 42,57 milhões (total global: 1,33 mil milhões); "Han Solo" (2018) desapareceu sem glória com 16,4 milhões (total global: 390 milhões).
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