Muitos fãs "Star Wars" de Rose Tico estão em força nas redes sociais a criticar o realizador J.J. Abrams e a Lucasfilm pelo forma como a personagem foi tratada no novo filme.
Interpretada por Kelly Marie Tran, a mecânica que se juntava a Finn (John Boyega) e mais tarde Poe (Oscar Isaac), descobrindo o seu verdadeiro destino, foi uma das grandes revelação do "Episódio VIII: Os Últimos Jedi" (2017).
O filme parecia apresentar Rose como uma das peças-chave de um movimento de resistência a renascer das cinzas e tornou-se uma das preferidas dos fãs, ainda que alguns tenham criticado a história pouco desenvolvida.
Uma minoria muito ativa, formada principalmente por homens, dedicou-se ainda a abusos contra a atriz tanto por ser mulher como pela origem asiática, o que a levou a limpar completamente a sua página Instagram: desde dezembro de 2017 que os seus seguidores encontram zero imagens e a mensagem "Com medo, mas fazendo à mesma".
Depois de todos os dramas dentro e fora do ecrã, muitos ficaram desiludidos ao descobrir que Rose está à margem da ação, praticamente no papel de uma analista, no novo "Star Wars: Episódio IX - A Ascensão de Skywalker".
Recorrendo a uma app, a jornalista Violet Kim do Slate contabilizou mesmo o tempo em que aparece: cerca de um minuto e 16 segundos (ou 76 segundos) das duas horas e 22 minutos.
Por comparação, a personagem estava em 10 minutos e 53 segundos dos 152 minutos de "Os Últimos Jedi".
Rose terá sido cortada na montagem: em entrevistas antes da estreia de "A Ascensão de Skywalker", Kelly Marie Tran falava com entusiasmo das cenas com Rey (Daisy Ridley), a heroína da saga.
A revolta nas redes sociais juntou-se à volta da hashtag #RoseTicoDeservedBetter [“Rose Tico Merecia Melhor"], que ganhou um apoio de peso: Jon M. Chu, realizador da comédia de sucesso "Asiáticos Doidos e Ricos", prontificou-se para ficar ao comando de uma série com a personagem para o serviço de streaming Disney+.
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