Francis Ford Coppola aumentou o elenco do seu próximo filme e está a tornar-se uma família, com a revista The Hollywood Reporter a confirmar a entrada da sua irmã Talia Shire (que foi Connie Corleone na saga "O Padrinho") e do sobrinho Jason Schwartzmann (conhecido por vários trabalhos com o realizador Wes Anderson).
Shia LaBeouf é outro nome que claramente se destaca, entrando assim no primeiro grande projeto de cinema desde que foi acusado de abusos pela antiga namorada FKA Twigs em dezembro de 2020. O ator também tem estado nas notícias nos últimas dias, pelo lançamento em breve no Festival de Veneza do filme "Padre Pio", em que é o protagonista, e por ter desmentido a versão da realizadora Olivia Wilde de que tinha sido despedido do filme "Não te Preocupes Querida".
A cantora Grace VanderWaal e os atores Kathryn Hunter ("A Tragédia de Macbeth") e James Remar ("Dexter", "Raino Negro") também se juntaram ao projeto.
Antes, já tinham sido anunciados Adam Driver ("Star Wars", "Marriage Story"), Forest Whitaker e Jon Voight (vencedores de Óscares de Melhor Ator, respetivamente por "O Último Rei da Escócia" e "O Regresso dos Heróis"), Nathalie Emmanuel ("A Guerra dos Tronos", "Velocidade Furiosa 7" e filmes seguintes), Aubrey Plaza ("Parks and Recreation", "Legion) e Laurence Fishburne ("What's Love Got to Do with It", "Matrix" e veterano de cinco filmes do Coppola, a começar com a estreia aos 14 anos em "Apocalypse Now").
Há mais de 20 anos que o realizador trabalha em "Megalopolis", que descreveu como o seu "filme mais ambicioso, ainda mais ambicioso do que 'Apocalypse Now'" e que resume nestes termos: "O destino de Roma assombra um mundo moderno incapaz de resolver os seus próprios problemas sociais nesta história épica de ambição política, genialidade e interesses conflituosos".
Ao longo dos anos, surgiram outras pistas: trata-se de um "filme sobre a utopia, sobre o que é realmente o céu na terra", através da história de um arquiteto que procura construir uma visão utópica de Nova Iorque, equiparada à "Roma" do antigo Império Romano e destruída por um cataclismo, mas também "uma história de amor". O projeto foi interrompido após os ataques terroristas do 11 de setembro de 2001.
Com 83 anos, o responsável pela saga "O Padrinho" e títulos como "O Vigilante", "Cotton Club", "Rumble Fish" e "Tucker - Um Homem e o Seu Sonho" contou à revista GQ há alguns meses que os maiores estúdios de Hollywood reagiram à sua apresentação de "Megalopolis" da "mesma forma que reagiram quando tinha ganho cinco Óscares e era o realizador mais cobiçado na cidade e entrei com ‘Apocalypse Now’ e disse 'É isto que gostaria de fazer a seguir'.
Com um orçamento de pouco menos de 100 milhões de dólares, pagar do seu bolso foi a forma que encontrou para finalmente concretizar o projeto, após vender uma parte significativa do seu império vinícola para usar uma percentagem como garantia para obter a linha de crédito.
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