Protagonistas da uma das trilogias mais memoráveis da história de cinema, Michael J. Fox e Christopher Lloyd participaram num evento da Comic-Con de Nova Iorque no fim de semana.
O reencontro emocionou o público de fãs, que dedicou uma prolongada ovação aos dois protagonistas de "Regresso ao Futuro".
O impacto chegou às redes sociais pelas fotografias e principalmente pelos vídeos: um deles, que regista o momento em que um comovido Fox abraça Lloyd, que por sua vez o envolve num abraço, já tem mais de 9,5 milhões de visualizações desde domingo.
Durante a conversa, Fox, de 61 anos, disse que a melhor parte de fazer os filmes foi trabalhar com Lloyd, de 83, que descreveu como "simplesmente um génio".
Por sua vez, este recordou que Fox se juntou ao primeiro "Regresso ao Futuro" já com a rodagem em andamento, quando o realizador Robert Zemeckis percebeu que o ator Eric Stoltz não era a escolha indicada para interpretar Marty McFly.
"Não conhecia o Michael a não ser ter ouvido falar dele. E sentia que mal tinha conseguido aguentar as seis semanas e agora tinha de fazer tudo outra vez? Houve imediatamente química, como se costuma dizer", explicou sobre o primeiro encontro.
Também se falou da doença de Parkinson: Fox foi diagnosticado em 1991, quando tinha 29 anos, e a deterioração do seu estado de saúde levou-o a anunciar uma "segunda reforma" na carreira em novembro de 2020.
"A Parkinson é o presente que continua a cobrar ["that keeps on taking" no original, um trocadilho com a expressão mais conhecida de "that keeps on giving", de continuar a ter consequências], mas é um presente e não o mudaria por nada. Pessoas como o Chris têm estado ali muito por mim e muitos de vocês. Não se trata do que tenho, trata-se do que me foi dado: a voz para fazer isto e ajudar as pessoas", explicou.
Através da sua fundação, Fox já angariou mais de 1,5 mil milhões de dólares para a investigação da doença.
A 19 de novembro, irá receber o prémio humanitário Jean Hersholt da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood pelo "ativismo incansável da pesquisa sobre a doença de Parkinson, juntamente com o seu otimismo sem limites", que "exemplificam o impacto de uma pessoa em mudar o futuro de milhões", como destacava o comunicado oficial.
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