Em entrevista à agência AFP naquela cidade italiana, a propósito da exibição do filme, em duas sessões realizadas no fim de semana,
Marjane Satrapi e o co-realizador
Vincent Paronnaud, falaram do seu trabalho em
«Poulet aux Prunes», onde passam da animação para atores de carne e osso.
«Eu fui precisa e eles [os atores] tiveram confiança em nós, jogando o jogo», descreveu Satrapi, referindo-se particularmente à portuguesa
Maria de Medeiros, dizendo que ela «abraçou um papel ingrato com alegria».
«Fizemos aquilo que queríamos realmente fazer», garante a realizadora.
Depois de
«Persépolis», filme de animação sobre uma família iraniana, «Poulet aux Prunes», um dos filmes em competição no festival de Veneza, que decorre até 10 de setembro, parte da morte da personagem principal para falar sobre a vida.
O filme, diz Satrapi, põe de lado «o cinismo e a ironia dos nossos dias, onde as pessoas são produtos consumíveis e as histórias de amor também».
«Não vindo nós do cinema [mas da banda desenhada], não nos coibimos de fazer nada, do burlesco ao ridículo e ao kitsch. Assumimos a nossa ingenuidade», resume a realizadora.
@Lusa
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