O realizador, de 83 anos, representante do Novo Cinema iraniano, e sua mulher, Vahideh Mohammadifar, argumentista de 54 anos, foram assassinados à facada no dia 14 de outubro na sua residência em Karaj, na província de Alborz, ao oeste de Teerão.
"O principal suspeito trabalhou como jardineiro na residência de Mehrjui e estava ressentido com ele por questões financeiras", explicou o chefe do Poder Judiciário na província de Alborz, Hossein Fazeli Harikandi.
De acordo com Harikandi, o cineasta devia ao jardineiro o equivalente a 600 dólares (cerca de 560 euros).
Quatro pessoas foram acusadas pelo crime.
Os suspeitos entraram na residência e o ex-jardineiro agrediu e esfaqueou Dariush Mehrjui no pescoço quando este via televisão. A mulher foi assassinada no quarto, segundo a Justiça iraniana.
Cineastas iranianos importantes, incluindo Jafar Panahi e Massoud Kimiai, compareceram ao funeral de Mehrjui e sua mulher a 18 de outubro em Teerão.
No mesmo dia, o ministro do Interior, Ahmad Vahidi, descartou qualquer "vínculo entre o assassinato de Mehrjui e os assassinatos em série" de intelectuais dissidentes cometidos em novembro de 1998 pelo serviço secreto do país.
Dariush Mehrjui dirigiu "A Vaca" (1969), um dos primeiros filmes do chamado Novo Cinema iraniano.
Em 1990, estreou "Hamoun", uma comédia sobre 24 horas na vida de um intelectual angustiado pelo seu divórcio e pelas suas preocupações num Irão invadido pelas empresas de tecnologia Sony e Toshiba.
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