O cineasta chinês Wong Kar-wai, cujos “filmes inclassificáveis são como lufadas de beleza”, vai receber em outubro o prémio Lumière, no festival dedicado aos clássicos da Sétima Arte, em Lyon (França).
O realizador de “Disponível Para Amar” (2000) ou “Felizes Juntos” (1997) é “um dos cineastas maiores e mais talentosos e aceitou vir com muita humildade”, disse o diretor do Festival Lumière, Thierry Frémaux, numa conferência de imprensa.
“É um tipo de homem que se tornou raro e desejamos que ele seja cada vez mais universal”, adiantou.
O prémio 2017 é atribuído ao cineasta “pelos seus filmes inclassificáveis que são como lufadas de beleza, pela marca que já deixou na história do cinema, pelo que a sua obra tem de esplêndido e de inacabado, pelos néons de Hong Kong e as neves da Manchúria”, indica o Instituto Lumière no seu ‘site’.
Aos 58 anos, o cineasta de Hong Kong é o primeiro realizador chinês a receber este prémio, para uma personalidade da Sétima Arte, sucedendo a Catherine Deneuve (2016), Martin Scorsese (2015) e Pedro Almodóvar (2014).
O programa desta edição do Festival Lumière inclui várias retrospetivas, dedicadas ao mestre francês do ‘filme negro’ Henri-Georges Clouzot e ao cineasta da 'Nouvelle Vague' Jean-Luc Godard.
Entre os convidados estão o realizador e produtor mexicano Guillermo del Toro, que vai "falar da sua paixão por BD e pelos filmes de terror”, durante uma das numerosas 'master classes'.
Apresentado como o maior festival de filmes clássicos no mundo, o Festival Lumière é organizado desde 2009 em Lyon, pelo Instituto Lumière, e decorre este ano de 14 a 22 de outubro.
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