Entre os 289 filmes programados para o festival de cinema independente IndieLisboa, em abril, haverá uma retrospetiva de Paul Verhoeven, 40 filmes portugueses e o regresso de vários cineastas, anunciou a organização.
A um mês da abertura do 13º IndieLisboa, a organização apresentou esta terça-fera o programa, que faz "um retrato do ano cinematográfico independente, com muita produção inédita, em particular no cinema português", como descreveu Nuno Sena.
Entre os 4.500 filmes visionados, foi possível "encontrar um fio condutor na gigantesca produção contemporânea", afirmou.
Depois de terem sido alvo de retrospetivas, o realizador norte-americano Whit Stillman e a cineasta francesa Mia Hansen-Love voltam a ter destaque no IndieLisboa, com honras de abertura e fecho do festival.
Whit Stillman estará em Lisboa para apresentar, na abertura, o filme “Love & Friendship”, a partir de uma história de Jane Austen.
O IndieLisboa terminará com “L’avenir”, que valeu este ano a Mia Hansen-Love o prémio em Berlim de melhor realização.
O realizador holandês Paul Verhoeven será um dos homenageados este ano no festival, na secção “Herói Independente”, na qual haverá hipótese de conhecer de forma abrangente uma filmografia para lá dos mais conhecidos “Instinto fatal” ou “Robocop”.
Paul Verhoeven foi escolhido "por razões autorais, por uma ideia de cinema que resiste a pressões externas", esclareceu Nuno Sena.
Outro “herói independente” e que estará presente no IndieLisboa será o ator e realizador francês Vincent Macaigne. De regresso estará também o cineasta Jean-Gabriel Périot, em foco na secção “Silvestre”.
Entre os quase 300 filmes selecionados, 40 são portugueses, a maioria em estreia mundial. Desses 40, dez são longas-metragens, entre as quais “Treblinka”, de Sérgio Tréfaut, “Cartas de Guerra”, de Ivo M. Ferreira, “O cinema, Manoel de Oliveira e eu”, de João Botelho, e “Operação Angola: Fugir para Lutar”, de Diana Andringa.
"É uma edição com um cunho marcadamente português", disse Nuno Sena.
A competição internacional conta com vários filmes portugueses: “Olmo e a Gaivota”, de Petra Costa e Lea Glob, “Balada de um bBatráquio”, de Leonor Teles, premiado no Festival de Berlim, “Ascensão”, de Pedro Peralta, “Viktoria”, de Mónica Lima, e “Chatear-me-ia morrer tão joveeeeem…”, animação de Filipe Abranches.
Na secção “Indie Music” haverá filmes sobre Janis Joplin, Sharon Jones, sobre os portugueses Parkinsons. Também será mostrado "Tecla tónica”, nova incursão de Eduardo Morais pela música portuguesa.
Marcado para decorrer entre 20 de abril e 1 de maio na Culturgest, São Jorge, Cinemateca e Cinema Ideal, o 13º IndieLisboa tem cerca de um milhão de euros de orçamento, semelhante a 2015.
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