A 27 de abril chega aos cinemas portugueses "Reinfeld", o mais recente e 101.º filme de Nicolas Cage (excluindo participações simbólicas e créditos como produtor).

Na quinta-feira à noite, o ator foi desafiado no programa de Stephen Colbert a escolher os cinco filmes da sua vasta e eclética carreira que começou em 1982.

Conhecido pelo seu fascínio pela História dos EUA, o apresentador avançou logo com a saga "National Treasure" ["O Tesouro", 2004 e 2007] e a seguir com "Arizona Junior" (1987), "Morrer em Las Vegas" (1995), que lhe valeu o seu único Óscar de Melhor Ator, e "A Rapariga de Los Angeles" (1983).

Mas Cage surpreendeu, deixando-os de fora, assim como "Inadaptado" (2002), que lhe valeu outra nomeação para as estatuetas douradas, "O Feitiço da Lua" (1987), "Um Coração Selvagem" (1990), "O Rochedo" (1996) ou "A Outra Face" (1997).

De facto, nenhum filme célebre ou sucesso de bilheteira está entre os seus favoritos.

"Vou começar com 'Pig - A Viagem de Rob' [2021], que é o meu filme favorito que alguma vez fiz", respondeu.

"Adoro o 'Mandy' [2018], o filme que o Panos [Cosmatos] realizou. Adoro o 'Por Um Fio' [1999], que o Martin Scorsese realizou. Adorei o 'Polícia sem Lei' [2009], Werner Herzog. Adorei um filme chamado 'Joe' [2013], que o David Gordon Green realizou", acrescentou.

O realizador John Woo com Nicolas Cage na rodagem de "A Outra Face"

A entrevista foi preenchida por pormenores fascinantes de Cage sobre a paixão com que encara o seu trabalho como ator, como se viu quando Colbert recordou outro dos seus favoritos: "Eu tenho 'A Outra Face'".

"Ah, gosto muito desse. O que é interessante sobre 'A Outra Face' e eu, podia ter indicado 'O Beijo do Vampiro' [1988], porque foi um pequeno filme que fiz onde pude explorar os meus sonhos mais abstratos com interpretação cinematográfica", notou.

"Infelizmente, estava a interpretar uma personagem que estava a perder o juízo, mas que estava a começar a pensar que era Vampiro do [filme de 1922] 'Nosferatu'. E quando se interpreta uma personagem que está a perder o juízo, ela pode acreditar que é Nosferatu. Então, consegui representar como uma estrela do cinema expressionista alemão mudo. E isso foi giro, como aquelas expressões faciais e coisas do género. Mas 'A Outra Face' era um grande filme, um grande filme de estúdio que fiz na Paramount, e pude usar o que aprendi com este pequeno filme 'O Beijo do Vampiro' e colocar neste filme gigantesco. E funcionou. E fiquei a pensar, 'As pessoas realmente gostam disto'. Portanto, fiquei muito feliz com esses resultados".

O MOMENTO DA ENTREVISTA.