A caminho dos
Óscares 2024
A cerimónia dos Óscares começou com atraso às 23h05.
Manifestantes pró-palestinianos receberam hoje as estrelas de Hollywood nomeadas para os Óscares em protesto, gritando “ganhem vergonha”, para recriminar a realização da 96.ª edição dos prémios enquanto contínua o conflito em Gaza.
Ovações, cânticos de “vergonha” e cartazes a pedir o “fim da ajuda a Israel” ou “uma Palestina livre” foram ouvidos e vistos à entrada do Dolby Theatre, no Passeio da Fama de Hollywood, a poucas horas do início da 96.ª edição dos prémios da Academia.
O acesso à entrada do Dolby Theatre é protegido por dezenas de polícias e seguranças, mas os manifestantes são autorizados a aproximarem-se das vedações, pelo que tanto atores como realizadores conseguem ouvir os protestos.
Uma fonte avançou ao Deadline que o acesso chegou a estar fechado e 'centenas de pessoas estão presas' no trânsito sem conseguir chegar, optando por se deslocar a pé a distância que faltava. Margot Robbie foi uma das que chegou em cima da hora.
Vários outros manifestantes, hasteando bandeiras palestinianas, percorreram as ruas próximas do local onde decorre a cerimónia.
Em 7 de outubro do ano passado, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) realizaram em território israelita um ataque sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.163 mortos, na maioria civis, e cerca de 250 reféns, 130 dos quais permanecem em cativeiro e 31 dos quais terão morrido, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para erradicar o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que depois se estendeu ao sul, e que já fizeram mais de 31.000 mortos, também maioritariamente civis, de acordo com as autoridades do Hamas.
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