Quatro por cento.
Que «Magic Mike XXL» nunca iria arrastar muitos homens às salas de cinema era um dado adquirido, mas nunca se pensou que fosse tão baixa a percentagem de público masculino nas sessões na sua estreia nas salas de cinema dos EUA.
Nunca existiu tal disparidade de números na história do cinema americano: 96% da audiência do filme com Channing Tatum, Matt Bomer, Joe Manganiello e Adam Rodriguez como strippers masculinos era feminina, indicam os estudos de mercado nas salas.
Até num grande sucesso destinado primordialmente ao público feminino como «As Cinquenta Sombras de Grey» a percentagem ficou nos 68% e mesmo o primeiro filme, «Magic Mike», ainda convenceu 27% de homens a irem às salas no verão de 2012.
A comparação mais próxima é «O Sexo e a Cidade» em 2008, quando 85% do público na estreia era formado por mulheres.
Em Portugal, foram vendidos 18,244 bilhetes entre quinta-feira e domingo, mas não são conhecidos outros dados.
Os quase 12 milhões de dólares que «Magic Mike XXL» rendeu nos EUA
foram considerados uma desilusão - não obstante o filme só sido barato e ir dar lucro dentro de algumas semanas -, mas os analistas interrogam-se agora se a campanha de marketing do estúdio, do trailer às imagens, não exagerou os esforços para cativar o seu principal alvo demográfico e, mais discretamente, o público homossexual... principalmente quando à partida já era «XXL».
«Se o seu filme é o equivalente cinematográfico de ir a um clube de strip, então corre-se o perigo de alienar os espectadores masculinos e, dados estes valores, podemos perguntar-nos se o marketing e a campanha não foram longe de mais», referiu Dave Karger, responsável pelo Fandango, um dos principais vendedores «on line» de bilhetes de cinema.
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