A rainha do pop Madonna confirmou que está mesmo a escrever um argumento para um filme sobre a sua vida.
Não ficou por aí e vai ainda mais longe do que os Queen com "Bohemian Rhapsody" (2018) e Elton John com "Rocketman" (2019) para controlar o resultado: também vai ser a realizadora.
O projeto foi anunciado oficialmente esta terça-feira pelo estúdio Universal Pictures.
"Quero transmitir a incrível jornada em que a vida me levou como artista, como cantora, como dançarina, como um ser humano a tentar encontrar o seu lugar neste mundo", explicou em comunicado divulgado no site da Universal.
Aos 62 anos, a cantora e atriz americana trabalha no argumento ao lado de Diablo Cody, que venceu um Óscar pelo filme "Juno".
Os rumores da colaboração começaram quando a própria Madonna partilhou a 8 de agosto um vídeo que as mostrava a trabalhar.
O filme de Madonna, ainda sem título, será produzido por Amy Pascal, antiga presidente da Sony Pictures que já foi nomeada para os Óscares pela produção dos filmes "The Post" e Mulherzinhas", informou a Universal.
"O foco deste filme será sempre a música. A música faz-me continuar e a arte mantém-me viva. Existem tantas histórias inspiradoras por contar e quem melhor para contá-las do que eu mesma", acrescentou a "Material Girl".
"É fundamental partilhar a montanha-russa da minha vida com a minha visão e a minha voz", destacou a estrela pop.
A Universal celebrou o acordo com a cantora que vendeu 335 milhões de discos em todo o mundo, notando que na sua carreira de cinco décadas "transformou a nossa compreensão da arte, sexualidade, feminismo e o papel da mulher no entretenimento".
"Madonna é o ícone definitivo, humanitário, artista e rebelde. Com o seu dom inigualável de criar arte acessível e que quebra barreiras, ela moldou a nossa cultura como poucos", explicou Donna Langley, diretora do Universal Filmed Entertainment Group.
A produção vai agora procurar a jovem atriz para representar Madonna desde que era desconhecia até à fama.
A cantora, que adoeceu por causa da COVID-19 em maio, fez a sua estreia como atriz no filme "Desesperadamente Procurando Susana" (1985). Depois desse filme, a cantora descatou-se ainda com "Dick Tracy" (1990), "Liga de Mulheres" (1992) e "Evita" (1996).
A estrela pop escreveu e co-dirigiu o seu primeiro filme, "Sujidade & Sabedoria" em 2008, repetindo a experiência com "W.E." (2011).
Em 2017, arrasou a notícia de que um estúdio de Hollywood preparava um "biopic" intitulado precisamente "Blond Ambition", que abordaria a sua vida amorosa em Nova Iorque e a indústria musical no início da década de 1980.
O argumento era de Elyse Hollander e entrou na chamada "black list" de Hollywood, uma lista onde os executivos de cinema votam nos seus trabalhos preferidos que ainda não foram selecionados para produção.
"Ninguém sabe o que eu sei e o que vi. Apenas eu posso contar a minha história. Quem mais tentar é um charlatão e um tolo à procura de gratificação instantânea sem fazer o trabalho. Esta é uma doença na nossa sociedade", escreveu há três anos.
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