Inicialmente, era
Anna Faris a actriz designada para protagonizar «Inferno», o «biopic» de
Linda Lovelace que está a ser preparado pelo produtor independente Wali Razaqi, mas acaba de ser divulgado pelo «LA Times» que será afinal
Lindsay Lohan a interpretar o papel da mais mítica actriz de filmes pornográficos de sempre.
Bill Pullman também já está garantido no papel do fundador da «Playboy» Hugh Hefner.
Embora o anúncio oficial deva ser feito no próximo Festival de Cannes, Razaqi já confirmou ao «LA Times» que «há já muito tempo que todos pensávamos que Lindsay seria uma excelente escolha para o papel, e estamos convencidos que ela irá fazê-lo. Há pelo menos um ano que o realizador [Matthew Wilder] e eu temos andado para trás e para a frente a imaginar o quão espectacular seria a interpretação dela se ela aceitasse».
Linda Lovelace, nome «artístico» de Linda Susan Boreman, ganhou celebridade como protagonista do filme pornográfico
«Garganta Funda» que, em 1972 e durante muito pouco tempo, trouxe a pornografia para o «mainstream» do cinema, e tornou-se um dos filmes mais rentáveis de sempre. A intérprete, nessa curta época, tornou-se uma das mais célebres actrizes de Hollywood, antes da pornografia rapidamente regressar ao gueto dos filmes para adultos.
A seguir, Lovelace seria presa por posse de cocaína e anfetaminas e, mais tarde, tornar-se-ia uma fortíssima opositora do cinema que outrora tanto defendera, alegando que fora forçada a fazer tudo o que fizera na pornografia pelo seu sádico ex-marido Chuck Traynor.
«Inferno» abarcará todos os altos e baixos da vida de Lovelace, até ao seu prematuro falecimento aos 53 anos, num acidente de viação.
Razaqi afirmou ao «LA Times» que o papel de Lovelace «é provavelmente dos mais exigentes que qualquer actor pode interpretar – e não necessariamente devido ao conteúdo sexual – mas mais porque ela foi tão abusada emocionalmente, que acho que vai ser preciso que Lindsay utilize todo o seu talento para a coisa funcionar».
O facto de Lohan estar a ter, no seu ainda curto período de vida, uma existência igualmente conturbada, entre curas de desintoxicação e perseguições frenéticas pelos «paparazzi», não terá sido alheio à sua escolha para o papel. «Não é que a vida de Lindsay seja similar à de Lovelace, mas ela já passou por muitos altos e baixos. Muitas vezes foi amada e odiada e acho que ela consegue perceber essas emoções e sentimentos».
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