«De madrugada até à noite, algumas horas na existência do Senhor Oscar, um ser que viaja de vida em vida. É alternadamente um abastado industrial, um assassino, um pedinte, uma criatura monstruosa, um pai de família... O senhor Oscar parece desempenhar papéis, interiorizando cada um de forma completa, mas onde estão as câmaras? Está sozinho, acompanhado apenas por Céline, uma senhora loira e alta aos comandos da imensa máquina que o transporta. É como um assassino consciencioso movendo-se de assassinato em assassinato. Persegue a beleza do gesto, do motor da acção, das mulheres e dos fantasmas da sua vida. Mas onde é a sua casa, onde está a sua família, o seu descanso?»
Esta é a sinopse oficial do filme
«Holy Motors», o regresso à realização de longas-metragens de Leos Carax após mais de uma década de ausência. O filme é quase tão críptico como a sinopse acima, mas tem fascinado audiências pelo mundo fora, nomeadamente as mais versadas num cinema de narrativas menos convencionais.
Metáfora sobre o cinema, com as mais diversas pistas cinéfilas,
«Holy Motors» conta com a participação de
Kylie Minogue na parcela final do filme. Apresentada a Carax pela realizadora Claire Denis, a cantora revelou que pouco conhecia do trabalho do realizador e que ele própria só a conhecia do videoclip que ela gravara com Nick Cave para o tema «Where the Wild Roses Grow».
Ainda antes de ganhar fama como cantora, Minogue começou carreira como atriz na sua Austrália natal, participando a partir dos 11 anos em novelas televisivas. A popularidade chegou com a personagem Charlene Mitchell na série «Neighbours» e um pouco mais tarde, em 1987, com o seu primeiro «single», «The Loco-Motion», que lançou a sua carreira como cantora. Depois, Minogue regressou pontualmente à atuação, como protagonista no filme «The Delinquents», de 1989, e secundária em fitas como
«Streetfighter: A Batalha Final» e
«Moulin Rouge».
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