Kathleen Turner voltou a destacar-se nas notícias pela franqueza das suas declarações.
Depois de ter revelado que os atores da série "Friends" não eram muito amigáveis para quem vinha de fora e que foi disputada como um troféu por Michael Douglas, Jack Nicholson e Warren Beatty, a atriz explicou numa nova entrevista que o dinheiro gasto em filmes e nas grandes estrelas de cinema é "basicamente imoral" e seria mais útil para investir noutras áreas.
Antes da carreira ser prejudicada por sofrer de artrite reumatoide, mas também pelo alcoolismo e rumores de que era uma diva, Kathleen Turner foi muito famosa na década de 80 graças a títulos como como "Noites Escaldantes", "Em Busca da Esmeralda Perdida", "A Honra dos Padrinhos", "Peggy Sue Casou-se", "O Turista Acidental" e "A Guerra das Rosas", além de ter sido a inspiração e a única escolha possível para a voz a Jessica Rabbit na animação em "Quem Tramou Roger Rabbit?".
Em Inglaterra para promover um livro de conversas com um historiador de cinema sobre representação e 40 anos no cinema, teatro e televisão, declarou ao "The Observer" que "acho basicamente imoral as centenas de milhões que eles agora gastam nos filmes", acrescentando que homens e mulheres devem ganhar o mesmo, "certamente quando são as estrelas ou co-protagonistas".
A crítica estende-se ao que é pago agora às grandes estrelas: "De quanto dinheiro é que uma pessoa precisa? Apenas se pode viver numa casa de cada vez. Talvez eles pudessem designar que o estúdio pague uma parte a uma organização ou instituição educativa".
Por outro lado, Kathleen Turner queixa-se no livro que não se investe em ensaios: "Poupariam muito dinheiro quando chegasse a altura da rodagem se tivéssemos tempo para trabalhar nas nossas escolhas durante os ensaios, em que não se tem pagar o aluguer nos locais das filmagens e a centenas de pessoas da equipa. Nunca percebem isso".
Ao The Observer desenvolver a ideia: "Os filmes em que ensaiámos mais tempo foram com o Larry Kasdan ['Noites Escaldantes' e O Turista Acidental'] e Francis Coppola ['Peggy Sue Casou-se']. Foram quatro semanass antes sequer de ficar à frente das câmaras. Compensou de imediato. Não só se tem atores que antecipam, compreendem e se vêem uns aos outros, porque se conhecem muito melhor, mas também o tempo que se poupa. Sabe-se exatamente onde vai estar a câmara... dois ou três 'takes' e segue-se em frente".
A atriz recordou ainda que pediu uma vez mais tempo para ensaios e o estúdio lhe disse que teria de trabalhar de graça, o que esta acabou por fazer durante duas semanas.
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