Existem três filmes incontornáveis na carreira de Julia Roberts antes de ganhar o Óscar de Melhor Atriz com "Erin Brockovich" e são todos comédias românticas: "Pretty Woman" (1990), "O Casamento do Meu Melhor Amigo" (1997) e "Notting Hill" (1999).
Mas o último esteve quase para não acontecer, como revelou durante uma conversa para a revista Vogue com Richard Curtis, o argumentista do filme (e futuro realizador de "O Amor Acontece").
O tema surgiu a propósito da sua aparência pouco ter mudado de papel para papel, o que a afasta do "caminho" de "atriz de composição".
"Mas nunca senti que estava a fazer de mim mesma", notou.
Por isso, descreveu o papel da estrela de cinema Anna Scott em Notting Hill" como "uma das coisas mais difíceis" que teve de fazer.
"Parecia tão estranho. Nem sabia como interpretar aquela pessoa”, acrescentou.
O desconforto foi tal que, detestando vestir-se como uma "estrela de cinema", decidiu escolher as suas próprias roupas para a icónica cena na livraria em que diz à personagem de Hugh Grant que "E não te esqueças, também sou apenas uma rapariga, à frente de um rapaz, a pedir-lhe que a ame".
"Naquela manha, mandei de novo o meu motorista, o adorável Tommy, ao meu apartamento. Disse-lhe “Vá para o meu quarto e pega nisto e aquilo do meu guarda-fato'. E foram os meus próprios chinelos, a minha linda saia de veludo azul, uma camiseta e o meu cardigã", resumiu.
A atriz desatou a rir a seguir na entrevista quando o realizador lhe responde: "Fiquei sempre desiludido por não teres um guarda-roupa melhor naquele dia".
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