Como uma das estrelas da super produção de ficção científica “Dune - Duna”, a carreira de Josh Brolin está a florescer – mas o ator norte-americano disse que, durante 20 anos, o único trabalho pelo qual foi conhecido foi “Os Goonies”.
Antes do lançamento de “Dune - Duna: Parte Dois” no final deste mês (29 de fevereiro em Portugal), Brolin, de 56 anos, relembrou como a sua carreira de ator de duas décadas foi marcada desde o início pelo seu papel como irmão mais velho do jovem herói na aventura infantil do filme de culto de 1985.
Desde então, entrou noutros filmes de sucesso, como “Este País Não é Para Velhos” (2007), “Milk” (2008) – pelo qual foi nomeado aos Óscares – e tornou-se Thanos no Universo Cinematográfico Marvel.
Antes destas revelações, "durante 20 anos só tive 'Os Goonies'. Fiz muito trabalho, mas nada que valesse a pena falar, exceto talvez 'Flirting With Disaster' - um dos primeiros filmes de David O. Russell", disse aos jornalistas.
Filho do ator James Brolin, ele tornou-se um grande fã de ficção científica quando era miúdo.
“Cresci no campo perto de cavalos... então não sabia que existia nada fora disso”, contou.
Mas depressa descobriu o trabalho dos autores de ficção científica Ray Bradbury, Isaac Asimov e os romances "Dune" de Frank Herbert - muito antes da atual série de filmes do realizador canadiano Denis Villeneuve.
O convívio com 'Elvis'
Após o sucesso do “Dune” de Villeneuve em 2021, o primeiro da saga atual, Brolin juntou-se com os seus colegas de elenco de primeira linha para a sequela.
Ele interpreta Gurney Halleck, o mentor mal-humorado e amigo do príncipe deserdado Paul Atreides, interpretado por Timothée Chalamet, o ator de "Chama-me Pelo Teu Nome" e “Wonka”.
Desta vez, Brolin trabalhou com o compositor do filme Hans Zimmer para escrever uma música para a sua personagem, interpretada no filme por um baliset [um instrumento fictício de nove cordas do universo]. O ator ocupou-se da letra.
As cenas no deserto foram filmadas a 100 quilómetros da capital dos Emirados Árabes Unidos, Abu Dhabi, onde Brolin disse que não havia nada além da equipa e areia.
O californiano falou sobre as amizades que fez no 'set', com os estreantes de “Dune” Austin Butler – Elvis Presley no 'biopic' de Baz Luhrmann – e com a nomeada aos Óscares de “Mulherzinhas”, Florence Pugh.
“Fiquei muito próximo de Austin, tenho estado próximo da Florence”, contou.
Butler, cujo papel mais recente foi como protagonista da minissérie dramática de Steven Spielberg e Tom Hanks sobre a Segunda Guerra Mundial "Masters Of The Air", interpreta o sociopata Feyd-Rautha no universo futurista.
“Achei que ele fez um trabalho fenomenal com esse papel”, elogia Brolin.
“Olhei para aquilo e para o que ele fez e vi a sua ética de trabalho no 'set' e fiquei muito impressionado, muito orgulhoso”, acrescentou.
Brolin contou que o colega se queixou da fixação das pessoas pela sua atuação em “Elvis” – os fãs disseram que ele ainda 'falava como Elvis' mesmo após o fim da rodagem – enquanto ele queria seguir em frente e concentrar-se em novos filmes.
“Tiveste o Elvis durante sete meses”, Brolin lembra-se de ter dito a Butler.
"Eu tive Goonies durante 20 anos. Cala-te", rematou.
TRAILER LEGENDADO "Dune – Parte Dois".
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