A televisão está a fazer do cinema um "género vintage", declarou esta quarta-feira (16) John Travolta no Festival de Cannes, lamentando que os filmes não sejam "tão desejados" como antes.
O ator, de 64 anos, apresentou em Cannes o seu último filme, "Gotti", sobre o chefe da máfia nova-iorquina John Gotti, no qual também participam a sua esposa, Kelly Preston, e sua filha Ella.
A produção é dirigida por Kevin Connolly.
A estrela de "Febre de Sábado à Noite" (1977), "Brilhantina" (1978) e "Pulp Fiction" (1994), que viajou com a família até Cannes, também ganhou protagonismo durante a visita pela sua dança durante uma festa, na terça-feira, com o rapper 50 Cent, cujo vídeo circulou nas redes sociais.
Durante uma conversa ainda na quarta-feira, Travolta, que interpretou o advogado de O.J. Simpson na minissérie "American Crime Story" em 2016, disse que a televisão sacudiu Hollywood.
"Para quem, como nós, assentou nos dramas do cinema não é nada bom, porque esse tipo de filme já não é tão desejado como antes", explicou.
"Tentamos manter-nos numa espécie de género vintage no grande ecrã", continuou.
"Já não existem as regras de antigamente que estabeleciam que se alguém representava na televisão não devia fazer cinema, e se estava no teatro", tampouco.
Travolta é muito ligado a Cannes, onde "Pulp Fiction" levou a Palma de Ouro em 1994, selando o seu retorno pós-"Brilhantina".
Após esse filme, "pude escolher as produções que queria. O sucesso de 'Pulp Fiction' permitiu-me escolher durante 24 anos", assegurou.
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