Agora que a sua carreira está em decadência, torna-se cada vez mais claro que Steven Seagal não deixou grandes saudades em Hollywood.
Protagonista de vários filmes entre o final dos anos 1980 e o início deste século dos grandes estúdios, a antiga estrela de ação e especialista em artes marciais, atualmente com nacionalidade americana, sérvia e russa, conquistou a reputação de gostar de magoar intencionalmente os duplos e tem um longo currículo de acusações de assédio e violação por várias mulheres, que se intensificaram a partir de movimento #MeToo.
A viver na Rússia há vários anos e grande fã de Vladimir Putin, Seagal "regressou" agora ao cinema norte-americano, cortesia do antigo colega John Leguizamo, que se tornou viral ao revelar que ele foi a inspiração para o trabalho na sátira de terror "O Menu", que causou sensação no último fim de semana nos cinemas dos EUA.
A sua personagem chama-se Georgie Diaz... e é uma estrela dos filmes de ação em decadência.
"Conheci muitas estrelas assim, talvez antes da decadência. Isto é, agora estão acabadas. Baseei a minha [personagem] no Steven Seagal. Tive um mau encontro com ele. Fizemos um filme juntos. Foi o 'Decisão Crítica'. Ele é um ser humano horrível", contou à Entertainment Weekly.
Ainda com Kurt Russell e Halle Berry, o filme de 1996 sobre um grupo de terroristas que desvia um Boeing 747 com 400 passageiros de Atenas para Washington, é um dos melhores na carreira de Seagal, que só apareça nos primeiros 45 minutos.
Não é a primeira vez que Leguizamo fala da sua má experiência: já tinha contado que Seagal o apanhou desprevenido e atirou-o contra uma parede durante os ensaios, em retaliação por se ter rido dele.
A história de "O Menu" acompanha um jovem casal (Anya Taylor-Joy e Nicholas Hoult) que se desloca a uma ilha costeira para comer num restaurante exclusivo onde o chef (Ralph Fiennes) preparou um cardápio com algumas surpresas muito especiais e chocantes. Estreia nos cinemas portugueses a 1 de dezembro.
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