Jessica Chastain defendeu na sexta-feira “uma arte que diga a verdade ao poder”, num mundo “partido e dividido”, durante a abertura do Festival de Cinema de Marraquexe, a que preside.
“O cinema pode influenciar o comportamento, começando por quebrar barreiras e iniciar debates importantes sobre temas difíceis como justiça racial, desigualdade de género e outras questões culturais relevantes”, disse a atriz norte-americana a presidir à 20.ª edição do festival internacional de cinema da cidade marroquina.
Quatorze longas-metragens de cineastas emergentes concorrerão à Estrela de Ouro, o maior prémio do evento que decorre de 24 de novembro a 2 de dezembro.
Para tomar a decisão, Jessica Chastain contará com o apoio da cineasta britânica Joanna Hogg, da atriz iraniana Zar Amir Ebrahimi e do ator dinamarquês Alexander Skarsgard.
Durante a cerimónia de abertura, o ator norte-americano Willem Defoe prestou homenagem ao colega dinamarquês Mads Mikkelsen, descrevendo-o como "um ator versátil que traz profundidade, inteligência e textura" aos seus papéis" antes de lhe entregar uma Estrela de Ouro pela carreira.
Nos primeiros dias, o festival ficou marcado pelo cancelamento da presença do realizador norte-americano Martin Scorsese, onde deveria participar como padrinho do programa de formação de novos talentos do cinema.
De acordo com fontes da organização citadas pela agência noticiosa Efe, o cancelamento da presença de Scorsese, de 81 anos, deveu-se a razões pessoais.
Grande apoiante do certame, Scorsese participou cinco vezes e chegou, em 2018, a entregar um prémio honorário a Robert De Niro, ator com quem tem um histórico de colaborações.
Scorsese seria o patrono dos Ateliers Atlas, dedicados a desenvolver o talento de jovens realizadores africanos e árabes.
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