Unanimemente considerado um dos melhores actores da actualidade,
Javier Bardem era, no início da sua carreira, quase sempre contratado para desempenhar papéis coincidentes com o seu perfil musculado e atlético. Porém, rapidamente o seu carisma e talento como actor lhe permitiram interpretar personagens mais complexas, emotivas e sensíveis. Trabalhando com cineastas como
Pedro Almodóvar, o actor transcendeu gradualmente o universo espanhol, conquistando as audiências internacionais.

Javier Bardem, de 41 anos, descende de uma longa linhagem de actores, com a sua mãe Pilar, o seu irmão Carlos e a sua irmã Monica a desempenharem papéis de destaque no cinema espanhol, além do seu tio,
Juan António Bardem, ter sido um importante cineasta e argumentista no país vizinho. O actor estreou-se aos seis anos no filme
«El Pícaro», a que se seguiram várias aparições televisivas e uma actividade intensa no desporto.

Em 1990, dá pela primeira vez nas vistas num pequeno papel em
«As Idades de Lulu», de
Bigas Luna, a que se segue outro em
«Saltos Altos», de
Pedro Almodóvar, e logo em 1992 consegue o seu primeiro êxito internacional:
«Desejos Inconscientes», também de Luna, em que contracena com outra actriz que também aí despontava para o sucesso,
Penélope Cruz, que é agora mãe do seu filho recém-nascido.

Em 1995, Bardem recebeu o primeiro dos seus quatro prémios Goya, como Melhor Actor Secundário, pelo filme
«Dias Contados». O segundo, já de Melhor Actor, conquistou-o logo no ano seguinte pela comédia
«Boca a Boca».

Em 1997 trabalhou para Pedro Almodóvar em
«Carne Viva», no qual desempenha o papel de um polícia paraplégico, vítima das tentativas de vingança de um jovem que prendeu, responsável pelo acidente que o colocou na cadeira de rodas. Nesse ano trabalhou ainda em
«Perdita Durango», de
Álex de la Iglesia.

A sua visibilidade internacional deu um pulo gigantesco com o papel principal de
«Antes que Anoiteça», filme biográfico sobre o escritor cubano Reinaldo Arenas, que lhe vale a primeira nomeação ao Óscar. Com
«Às Segundas ao Sol», conquistou o terceiro Goya e reforçou o estatuto de melhor actor espanhol da actualidade que já começava a granjear.

Em 2004, fez um papel secundário no seu primeiro filme de Hollywood,
«Colateral», e teve a interpretação mais elogiada da sua carreira como o tetraplégico Ramon Sampedro em
«Mar Adentro», que lhe valeu o quarto Goya e conquistou o Óscar de Melhor Filme de Língua Não Inglesa.

Em 2008, conquistou finalmente o Óscar, de Melhor Actor Secundário, pelo papel do assassino psicopata de
«Este País não é para Velhos», no mesmo ano em que interpretou um pintor sedutor em http://cinema.sapo.pt/filme/vicky-cristina-barcelona
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Em 2010, além do papel secundário em [a|http://cinema.sapo.pt/filme/eat-pray-love]«Comer Orar Amar», voltou a receber os maiores elogios aos seus talentos de actor, agora pelo papel principal no novo filme de
Alejandro González Iñárritu,
«Biutiful», que lhe valeu nova nomeação ao Óscar.