O realizador Barry Sonnenfeld desvalorizou completamente o futuro filme "Homens de Negro" e ele próprio como cineasta durante um encontro com o ator Chris O'Donnell porque queria que fosse Will Smith o escolhido.
Quando o projeto ainda estava em desenvolvimento em meados dos anos 1990, o preferido dos produtores Walter F. Parkes, Laurie MacDonald e Steven Spielberg para ser o Agente J era Chris O'Donnell, então um galã em ascensão em Hollywood graças a filmes como "Perfume de Mulher", "Laços de Honra", "Os Três Mosqueteiros" e "Batman para Sempre".
Para ser o parceiro veterano, o Agente K, pensava-se em Clint Eastwood.
"Tinha sugerido Tommy Lee Jones e Will Smith", revelou Sonnenfeld à publicação Insider numa entrevista a propósito dos 25 anos do primeiro dos três filmes.
"Na verdade, o Will foi ideia da minha mulher", acrescentou, pois era fã da série "O Príncipe de Bel-Air".
Os produtores aceitaram a sugestão de Tommy Lee Jones, mas não Will Smith, que além da série era mais conhecido como músico (ainda não tinha estreado nos cinemas "O Dia da Independência").
Spielberg disse a Sonnenfeld para jantar com O'Donnell e convencê-lo a aceitar, mas o realizador conseguiu deliberadamente precisamente o contrário.
"Encontrei-me com o Chris e ele tinha preocupações sobre o argumento e uma proposta para outro filme. Portanto, disse-lhe 'Pois, podemos nunca vir a consertar este argumento e acho que não sei como realizar este filme'. Portanto, ele decidiu recusar no dia a seguir", recordou.
Isto permitiu a Sonnenfeld preparar tudo a seguir para Will Smith fizesse uma viagem de cerca de 300 quilómetros desde Filadélfia, onde estava num casamento, até aos Hamptons, as vilas de luxo no estado de Nova Iorque, onde se encontrou com ele e os três produtores no verão de 1995.
"E foi assim que o Will conseguiu o papel", esclareceu.
Foi graças aos sucessos consecutivos em 1996 e 1997 de "O Dia da Independência" e "Homens de Negro" que Will Smith se tornou uma estrela de cinema mundial.
Sobre a sabotagem do encontro com O'Donnell, dizendo que nem sabia se era o realizador certo para o projeto, Sonnenfeld foi prático na resposta ao jornalista: "Bem, sabe que mais, deve-se sempre prometer menos e entregar mais".
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