Por volta de 1995, David Schwimmer começava a ser uma estrela do pequeno ecrã graças a "Friends", mas a carreira poderia ter tomado outro rumo se não tivesse rejeitado "MIB: Homens de Negro" (1997).
Quase 30 anos depois, o ator esclareceu que a sua famosa recusa não foi provocada pela rodagem da famosa série.
"Foi uma decisão brutal", revelou no podcast “Origins with Cush Jumbo”.
Schwimmer contou que tinha acabado de filmar "The Pallbearer" com Gwyneth Paltrow ("Amigo Desconhecido" em Portugal) e que o estúdio Miramax, com grandes expectativas na comédia que não se confirmaram depois nas bilheteiras, quis fazer um contrato para três filmes com salário fixo. E aceitou a proposta com uma condição: que o deixassem realizar o primeiro, com atores desconhecidos da sua companhia de teatro.
Foi esse projeto que o forçou a tomar a decisão que definiria a sua carreira.
"Todos os meus melhores amigos do mundo na companhia de teatro despediram-se dos seus empregos para puderem participar neste filme durante o verão [de 1996], que seria uma rodagem de seis semanas em Chicago. Estamos em pré-produção, contratámos toda a equipa, está tudo a avançar e foi aí que me ofereceram ‘Homens de Negro’. A minha janela de verão de ‘Friends’ era de quatro meses. Tinha uma paragem de quatro meses e 'Homens de Negro' seria rodado exatamente quando iria dirigir este filme com a minha companhia", recordou.
"E claro, era uma oportunidade incrível. […] Porém, a minha companhia de teatro e aquela relação com todas aquelas pessoas provavelmente teriam terminado”, notou.
Will Smith acabou por ser o Agente K, o parceiro de Tommy Lee Jones no filme de 1997 que, juntamente com "O Dia da Independência", lançado um ano antes, o transformou numa estrela de cinema.
Já a estreia de Schwimmer como realizador na comédia negra "Since You've Been Gone" acabou por se perder na Miramax de Harvey Weinstein, que desistiu de a lançar nos cinemas em 1997 e a transformou num telefilme exibido no canal ABC em abril de 1998.
Olhando para trás, o ator de "Friends" acha que fez o que estava certo.
“Tem que se seguir o instinto. Tem que se seguir o coração. Atenção, sei bem que, 20 anos depois ou talvez mais, ['Homens de Negro'] teria feito de mim uma estrela de cinema. Olhando para o sucesso desse filme e da saga, a minha carreira teria seguido uma trajetória muito diferente”, disse.
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