Um norte-americano será julgado pelo roubo dos icónicos sapatos de cor rubi usados por Judy Garland no clássico do cinema "O Feiticeiro de Oz".
A acusação de Terry Martin foi anunciada pelas autoridades federais do estado de Dakota do Norte na quarta-feira.
Os famosos sapatos de lantejoulas cor rubi brilhante desapareceram misteriosamente em 2005 do Museu Judy Garland, na cidade de Grand Rapids, em Minnesota, onde a atriz nasceu.
Aquele é que um dos quatro pares usados durante a rodagem do famoso filme de 1939 reapareceu em 2018, graças ao FBI.
Com o passar dos anos, a recompensa oferecida para quem encontrasse os sapatos foi crescendo, até o ponto em que um mecenas propôs um milhão de dólares. Os procuradores do estado avaliam hoje o par em 3,5 milhões de dólares (pouco mais 3,24 milhões de euros, à cotação do dia).
Dois elementos principais explicam o estatuto de quase relíquia destes sapatos: a veneração dos americanos por Judy Garland, lendária atriz e cantora que saltou para a fama mundial aos 17 anos e morreu de forma trágica aos 47; e a importância de "O Feiticeiro de Oz" no imaginário coletivo dos EUA, particularmente para as gerações das décadas de 1940 e 1950.
No filme musical adaptado do romance infantil homónimo, Dorothy, a jovem heroína, bate três vezes com os calcanhares dos seus sapatos para realizar o seu sonho mais querido: voltar para casa no Kansas.
Os procuradores não detalharam a acusação contra Terry Martin, mas segundo o jornal Star Tribune de Minneapolis, o suspeito vive a cerca de 20 quilómetros do Museu Judy Garland, de onde os sapatos foram roubados após ser partido o vidro que os protegia.
Ao receber um telefonema do jornal, o homem de 76 anos disse: "Tenho de ir a julgamento. Não quero falar com vocês".
Outro par dos sapatos de cor rubi está em exposição no Museu Nacional de História Americana em Washington, que arrecadou mais de 300 mil dólares em 2016 numa campanha de financiamento para devolver aos objetos o seu brilho de outrora.
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