A caminho dos
Óscares 2024
"Oppenheimer" foi o grande vencedor da 80.ª cerimónia dos Globos de Ouro, que se realizou ao fim da tarde de domingo em Los Angeles (início desta madrugada em Lisboa).
Mesmo sem entregar este ano dois prémios honorários, ainda foram precisas exatamente três horas até a produtora Emma Thomas, que também é a esposa do realizador Christopher Nolan, fazer o discurso que fechava a noite para recordar a “incrível experiência” de colaboração na super produção.
Com a votação para as nomeações aos Óscares a arrancar na quinta-feira, foram cinco prémios em oito possíveis para o épico sobre o inventor da bomba atómica de Christopher Nolan: Melhor Filme em Drama, Realização, Ator (Cillian Murphy), Ator Secundário (Robert Downey Jr.) e Banda Sonora, ficando apenas pelo caminho Argumento (para uma das poucas surpresas da noite).
Apesar de ser a sua primeira vitória após seis nomeações, Christopher Nolan recordou que era a segunda vez no palco dos Globos, depois de aceitar o prémio póstumo de Heath Ledger por "O Cavaleiro das Trevas" na cerimónia de 2009.
"Isso foi complicado e desafiador para mim. A meio de discurso, olhei e chamou-me a atenção o Robert Downey Jr., que me lançou um olhar de amor e apoio - o mesmo olhar que me está a dar agora, o mesmo amor e apoio que demonstrou a tantas pessoas e na nossa comunidade ao longo de tantos anos”, recordou o cineasta antes de dizer que "pensei que seria mais simples aceitar o prémio para mim, mas aceito em nome de todos” e destacar o trabalho de equipa.
Diga-se que, a confiar na reação da sala ao receber o prémio de Ator Secundário, Robert Downey Jr. reforçou o estatuto de favorito para ganhar o Óscar.
Como também é importante nestes eventos, foi dele um dos primeiros e melhores discursos da noite, recordando a aposta arriscada num filme sobre "a história arrebatadora sobre o dilema ético das armas nucleares", o sucesso gigantesco que ninguém previu, a equipa que ajudou a criar uma "obra-prima" e também a quantidade de pessoas que lhe têm dito que ele foi 'irreconhecivelmente subtil' no papel de Leonard Strauss.
"Aos meus colegas nomeados: não vamos fingir que isto é um elogio. É algo no género do jogador que mostrou mais sinais de melhoria", notou.
“A primeira vez que entrei num cenário do Christopher Nolan soube que era diferente”, disse por sua vez Cillian Murphy, destacando “o nível de rigor e dedicação e a total ausência de cadeiras para os atores se sentarem”.
O ator apareceu em palco com batom no nariz e frisou o “incrível elenco”, declarando que “a coisa bonita e vulnerável de ser ator é que não se pode fazer isto sozinho”.
Para "Barbie", de Greta Gerwig, a outra metade do fenómeno cinematográfico viral "Barbenheimer", que liderava com nove nomeações, ficaram dois previsíveis prémios de consolação: o da nova categoria para os sucessos de bilheteira (Melhor Filme por Mérito Cinematográfico e Comercial), onde bateu "Oppenheimer" e para a canção “What was I Made For?", de Billie Eilish e Finneas O'Connell.
Uma cerimónia com poucas surpresas e sem escândalos
Com novos donos e novos votantes após uma profunda reforma depois de alegações de corrupção e racismo que levaram a um boicote da indústria nos últimos anos, os Globos de Ouro estavam sob escrutínio e montaram uma operação de charme numa tentativa de regressar às boas graças de Hollywood.
E a indústria regressou em peso após o declínio dos últimos anos, com a realeza encabeçada por figuras como Meryl Streep, Spielberg ou Oprah Winfrey, além de praticamente todos os nomeados, como Scorsese, DiCaprio, De Niro, Margot Robbie, Ryan Gosling, Jennifer Lawrence ou Bradley Cooper.
A PASSADEIRA VERMELHA
Embora não tenham posado juntos na passadeira vermelha, as câmaras dentro do The Beverly Hilton em Beverly Hills "apanharam" e não perderam a oportunidade de partilhar as manifestações de paixão entre Timothée Chalamet e Kylie Jenner
Em relação aos prémios na área de cinema propriamente ditos e com exceção de duas grandes surpresas, dominou a previsibilidade e, numa mudança que provavelmente pode ser atribuída ao aumento de votantes, sem prémios ou omissões que possam ser considerados escandalosos ("Maestro" e "Vidas Passadas", sem qualquer prémio e os maiores "derrotados", acabam por ser um efeito colateral do impacto de "Oppenheimer").
Deixando pistas para o peso internacional reforçado dos Globos, houve então a relativa surpresa da vitória em Melhor Filme de Animação do japonês "O Rapaz e a Garça", do lendário Hayao Miyazaki, batendo "Elemental", "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso", "Nimona", "Super Mario Bros. - O Filme", "Suzume" e "Wish: O Poder dos Desejos".
O grande domínio de "Oppenheimer" ao longo da noite reforça ainda mais o que foi a grande surpresa de perder o prémio do Argumento não para "Barbie", "Pobres Criaturas", "Assassinos da Lua das Flores" ou "Vidas Passadas", mas para o francês "Anatomia de uma Queda", de Justine Triet, que também recebeu o mais previsível para Melhor Filme Estrangeiro.
Como esperado, "Os Excluídos" ficou com dois prémios de interpretação, o de Paul Giamatti em Ator em Comédia ou Musical, e Da'Vine Joy Randolph como Atriz Secundária, apenas dois dos muitos momentos em que a audiência no salão de baile do hotel The Beverly Hilton em Beverly Hills reagiu com calor humano e ovações de pé.
No seu discurso, Paul Giamatti chegou mesmo a "queixar-se" do estado dos joelhos depois de passar a noite toda a levantar-se e a sentar-se.
Também foi grande o entusiasmo quando Emma Stone confirmou o favoritismo ao prémio de Melhor Atriz em Comédia ou Musical pelo seu papel no surrealista "Pobres Criaturas", que também ganhou Melhor Filme na sua categoria, batendo "Barbie", com o realizador Yorgos Lanthimos a agradecer aos atores e também para destacar mais do que uma vez o cantor Bruce Springsteen, presenta na sala, que disse ser responsável por ter crescido como cresceu.
.
“Interpretar a Bella foi inacreditável [...] Vejo isto como uma comédia romântica, no sentido em que a Bella se apaixona pela própria vida, em vez de por uma pessoa. Ela aceita o bom e o mau na mesma medida. Tudo é importante”, considerou Emma Stone, que disse que a personagem mudou a sua perspetiva sobre a vida e que permanece com ela até hoje.
A sua grande rival na temporada é claramente Lily Gladstone, que também confirmou o favoritismo em Melhor Atriz em Drama, o único prémio em sete nomeações de "Assassinos da Lua das Flores", de Martin Scorsese, fazendo história como a primeira indígena a ganhar o prémio.
“Não tenho palavras”, disse Gladstone em inglês, depois de abrir o seu discurso falando a língua indígena Blackfeet, da tribo com o mesmo nome a que pertence e em que cresceu, no estado norte-americano do Montana.
“Isto é histórico”, considerou, olhando para a estatueta. “Não pertence apenas a mim. Tenho-a na mão, tenho-a como todas as minhas lindas irmãs e mãe no filme”, continuou.
“Isto é para todos os miúdos das reservas, os miúdos urbanos, os miúdos nativos que têm um sonho, que estão a ver-se representados e a ver as nossas histórias contadas por nós nas nossas palavras, com aliados tremendos e tremenda confiança”, sublinhou.
Gladstone mostrou-se emocionada por poder falar um pouco da sua língua e por Martin Scorsese ter feito um filme em que a língua da nação Osage é respeitada. “Porque nesta indústria os atores nativos costumavam dizer as suas falas em inglês e depois os editores de som revertiam-nas de trás para a frente para fazer uma língua nativa”, afirmou.
A atriz agradeceu a Martin Scorsese, ao coprotagonista Leonardo DiCaprio e a Robert De Niro por serem aliados e agentes de mudança.
Em TV, “Succession” foi arrasador nos dramas e só deixou espaço para brilharem “Rixa” e “The Bear”
Como se esperava, a quarta e última temporada de “Succession” foi coroada como a Melhor Série Dramática.
Com vários dos seus atores a concorrerem entre si, a série da HBO ganhou mesmo assim mais três prémios de outras oito nomeações: Kieran Culkin e Sarah Snook respetivamente como Melhor Ator e Atriz em Série Dramática, e Matthew Macfadyen como Melhor Ator Secundário.
“Adorei cada segundo que passei a interpretar a estranha e incrível nódoa de gordura humana que é o Tom”, disse Macfadyen, que conseguiu a sua primeira nomeação e vitória.
“Este é um bom momento para mim”, afirmou Kieran Culkin ao aceitar a sua estatueta. “Fui nomeado para um Globo de Ouro há vinte anos e quando esse momento passou, pensei que nunca mais estaria nesta sala”, afirmou. “Aceitei que nunca estaria neste palco”, acrescentou.
Foi a primeira vitória do ator depois de várias nomeações e um reconhecimento do seu papel como “Roman Roy”, um dos herdeiros do império mediático fictício de “Succession”.
Para Sarah Snook, foi o segundo Globo de Ouro pelo papel de Shiv. “Esta série mudou a minha vida”, disse no discurso de agradecimento. “Toda a gente nela foi incrível”, elogiou a atriz, que se mostrou surpreendida pela vitória e disse, ao sair do palco: “Esta sala é tão intimidante”.
O criador, Jesse Armstrong, admitiu que optar pelo fim de uma série tão premiada foi “agridoce”, mas que noites como esta tornaram tudo mais doce.
Outra das séries que saiu vitoriosa do Beverly Hilton Hotel, em Beverly Hills, foi “Rixa” ("Beef" no original), uma produção da Netflix. Destacou-se na cerimónia com as três estatuetas da sua categoria: Melhor Atriz para Ali Wong, Melhor Ator para Steven Yeun e Melhor minissérie, série de antologia ou filme para televisão.
Lee Sung Jin, o criador de “Rixa”, agradeceu ao condutor que inspirou a história com um “incidente real de fúria ao volante” por ter levado a este desfecho vitorioso.
Na categoria de comédia ou musical, foi a segunda temporada de “The Bear” que se destacou, batendo a última temporada de “Ted Lasso” em toda a linha.
“The Bear” foi considerada a Melhor Série de Comédia ou Musical, valeu a Ayo Edebiri o Globo de Ouro de Melhor Atriz e a Jeremy Allen White o de Melhor Ator nesta categoria.
“Nem posso acreditar que estou nesta sala com estas pessoas que adoro e admiro há tanto tempo”, disse o ator, no discurso de agradecimento. “É surreal”, continuou, falando para uma audiência com todos os grandes nomes de Hollywood.
Na única surpresa na frente televisiva, a estatueta de Melhor Atriz Secundária em televisão foi para Elizabeth Debicki, que interpretou a princesa Diana em “The Crown”, da Netflix. Batendo por exemplo J. Smith-Cameron de "Succession", a atriz afirmou-se espantada e muito agradecida pela distinção.
Um novo prémio para distinguir o melhor entre os comediantes “stand-up” teve como vencedor inaugural Ricky Gervais, com o seu especial “Armageddon”, mas o comediante, que se viu envolto em controvérsia neste trabalho por incluir piadas sobre crianças com doenças fatais, não compareceu.
Um arranque em falso
A mudança da transmissão televisiva para o canal CBS levou a inovações positivas na cerimónia, da utilização do drone para dar uma ideia do gigantesco recinto do evento até à apresentação mais profissional e menos estática das nomeações, aproveitando melhor o salão e a dimensão acrescida do palco, apesar de vários premiados serem vistos indecisos sobre qual o melhor caminho para lá chegar, o que quebrou ainda mais o ritmo.
Os organizadores desta nova versão dos prémios estavam a contar que a paixão pelo fenómeno "Barbenheimer" ajudasse a revitalizar as audiências (e vários planos de Taylor Swift, que representava o seu filme-concerto "The Eras Tour" na nova categoria para os sucessos de bilheteira), mas a cerimónia famosa pela sua informalidade só se salvou de um início desastroso e de cair no esquecimento completo graças a alguns textos inspirados escritos para os apresentadores.
Mais do que ter uma noite desinspirada, Jo Koy foi 'um flop' confrangedor como anfitrião e comediante que quase afundou o evento nos primeiros dez penosos minutos, com o auditório de estrelas a reagir com frieza e demasiado mutismo a praticamente todo o monólogo, que incluiu referências ao tamanho do pénis de Barry Keoghan em “Saltburn” ('a verdadeira estrela do filme'), a grande duração de “Oppenheimer’ ('a minha resolução de Ano Novo para 2024 é terminar o filme em 2025) ou como "A Cor Púrpura" ser o que acontece ao traseiro de quem toma Ozempic.
Percebendo que o seu material não causava o efeito desejado e estava a "afundar-se" em direto, o comediante que lançou cinco especiais no Comedy Central e Netflix ficou na defensiva e chegou a dizer que conseguiu "o trabalho há 10 dias" (na verdade, a 21 de dezembro) e que a audiência não podia esperar "um monólogo perfeito", antes de garantir que as piadas que tinham funcionado eram da sua autoria.
Estivesse ou não planeado, pouco se viu a partir daí de Jo Koyo, que ainda passou pela "indignidade" de muitos apresentadores, mesmo os que não são comediantes, a brilharem com os textos que lhes foram atribuídos, como foi o caso de Daniel Kaluuya, Hailee Steinfeld e Shameik Moore, cujo segmento não foi escrito por argumentistas, mas por "executivos dos estúdios".
Não propriamente conhecido pela comédia, Kevin Costner também se "atirou" partes do célebre discurso de America Ferrera em "Barbie", que estava ao seu lado.
Outro momento que aqueceu a sala juntou o improvável par formado por Keri Russell e Ray Romano, que decidiu que era boa ideia começar a ser sincero em Hollywood.
Bem recebido foi também o segmento onde Simu Liu e Issa Rae dizem que querem ter mais "papéis de brancos", muitos deles, aparentemente, a envolver alcoolismo.
Também Will Ferrell e Kristen Wiig não deixaram os seus créditos por mãos alheias antes da apresentação do prémio de Melhor Ator em Comédia ou Musical.
LISTA COMPLETA DE PREMIADOS (A NEGRITO)
CINEMA
MELHOR FILME (DRAMA)
"Anatomia de uma Queda"
"Assassinos da Lua das Flores"
"Oppenheimer"
"Maestro"
"Vidas Passadas"
"Zona de Interesse"
MELHOR FILME (COMÉDIA OU MUSICAL)
"Air"
"American Fiction"
"Barbie"
"Os Excluídos"
"May December – Segredos de um Escândalo"
"Pobres Criaturas"
MELHOR REALIZAÇÃO
Bradley Cooper, "Maestro"
Greta Gerwig, "Barbie"
Yorgos Lanthimos, "Pobres Criaturas"
Christopher Nolan, "Oppenheimer"
Alexander Payne, "Os Excluídos"
Martin Scorsese, "Assassinos da Lua das Flores"
Celine Song, "Vidas Passadas"
MELHOR ATOR (DRAMA)
Bradley Cooper, "Maestro"
Leonardo DiCaprio, "Assassinos da Lua das Flores"
Colman Domingo, "Rustin"
Barry Koeghan, "Saltburn"
Cillian Murphy, "Oppenheimer"
Andrew Scott, "All of Us Strangers"
MELHOR ATRIZ (DRAMA)
Annette Bening, "Nyad"
Lily Gladstone, "Assassinos da Lua das Flores"
Sandra Hüller, "Anatomia de uma Queda"
Greta Lee, "Vidas Passadas"
Carey Mulligan, "Maestro"
Cailee Spaeny, "Priscilla"
MELHOR ATOR (COMÉDIA OU MUSICAL)
Nicolas Cage, "Dream Scenario"
Timothée Chalamet, "Wonka"
Matt Damon, "Air"
Paul Giamatti, "Os Excluídos"
Joaquin Phoenix, "Beau Tem Medo"
Jeffrey Wright, "American Fiction"
MELHOR ATRIZ (COMÉDIA OU MUSICAL)
Fantasia Barrino, "A Cor Púrpura"
Jennifer Lawrence, "Tudo na Boa!"
Alma Poysti, "Folhas Caídas"
Natalie Portman, "May December – Segredos de um Escândalo"
Margot Robbie, "Barbie"
Emma Stone, "Pobres Criaturas"
MELHOR ATOR SECUNDÁRIO
Williem Dafoe, "Pobres Criaturas"
Robert DeNiro, "Assassinos da Lua das Flores"
Robert Downey Jr., "Oppenheimer"
Ryan Gosling, "Barbie"
Charles Melton, "May December – Segredos de um Escândalo"
Mark Ruffalo, "Pobres Criaturas"
MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA
Emily Blunt, "Oppenheimer"
Danielle Brooks, "A Cor Púrpura"
Jodie Foster, "Nyad
Da’Vine Joy Randolph, "Os Excluídos"
Julianne Moore, "May December – Segredos de um Escândalo"
Rosamund Pike, "Saltburn"
MELHOR ARGUMENTO
"Anatomia de uma Queda"
"Assassinos da Lua das Flores"
"Barbie"
"Oppenheimer"
"Pobres Criaturas"
"Vidas Passadas"
MELHOR FILME ESTRANGEIRO
"Anatomia de uma Queda" (França)
"Eu Capitão" (Itália)
"Folhas Caídas" (Finlândia)
"A Sociedade da Neve" (Espanha)
"Vidas Passadas" (EUA)
"Zona de Interesse" (Grã-Bretanha/EUA)
MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
"Elemental"
"Homem-Aranha: Através do Aranhaverso"
"Nimona"
"O Rapaz e a Garça"
"Super Mario Bros. - O Filme"
"Suzume"
"Wish: O Poder dos Desejos"
MELHOR BANDA SONORA ORIGINAL
"Assassinos da Lua das Flores"
"Homem-Aranha: Através do Aranhaverso"
"Oppenheimer"
"Pobres Criaturas"
"O Rapaz e a Garça"
"A Zona de Interesse"
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
“Addicted to Romance", de "Viciados em Amor" (Bruce Springsteen)
“Dance the Night", de "Barbie" (Mark Ronson, Andrew Wyatt, Dua Lipa, Caroline Ailin)
“I'm Just Ken", de "Barbie" (Mark Ronson, Andrew Wyatt)
“Peaches", de "Super Mario Bros. - O Filme" (Jack Black, Aaron Horvath, Michael Jelenic, Eric Osmond, John Spiker)
“Road to Freedom", de "Rustin" (Lenny Kravitz)
“What was I Made For?", de "Barbie" (Billie Eilish O'Connell, Finneas O'Connell)
MELHOR FILME POR MÉRITO CINEMATOGRÁFICO E COMERCIAL
"Barbie"
"Guardiões da Galáxia - Vol. 3"
"Homem-Aranha: Através do Aranhaverso"
"John Wick: Capítulo 4"
"Missão: Impossível - Ajuste de Contas: Parte Um"
"Oppenheimer"
"Super Mario Bros: O Filme"
"Taylor Swift: The Eras Tour"
TELEVISÃO
MELHOR SÉRIE DRAMA
"1923"
"The Crown"
"The Diplomat"
"The last of Us"
"The Morning Show"
"Succession"
MELHOR SÉRIE COMÉDIA
"Abbot Elementary"
"Barry"
"The Bear"
"Jury Duty"
"Homicídios ao Domicílio"
"Ted Lasso"
MELHOR TELEFILME, ANTOLOGIA OU MINISSÉRIE
“All the Light We Cannot See”
“Beef”
“Daisy Jones & the Six”
“Fargo”
"Fellow Travelers"
“Lessons in Chemistry”
MELHOR ATOR EM SÉRIE DRAMA
Kieran Culkin, “Succession”
Jeremy Strong, “Succession”
Gary Oldman, "Slow Horses"
Pedro Pascal, “The Last of Us”
Brian Cox, “Succession”
Dominic West, “The Crown”
MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DRAMA
Helen Mirren, "1923"
Bell Ramsey, "The Last of Us"
Keri Russell, "THe Diplomat"
Sarah Snook, "Succession"
Imelda Staunton, "The Crown"
Emma Stone, "The Curse"
MELHOR ATOR EM SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL
Bill Hader, “Barry”
Steve Martin, “Homicídios ao Domicílio”
Jason Segel, “Shrinking”
Martin Short, “Homicídios ao Domicílio”
Jason Sudeikis, “Ted Lasso”
Jeremy Allen White, “The Bear”
MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL
Rachel Brosnahan "The Marvelous Mrs. Maisel"
Quinta Brunson, "Abbout Elementary"
Ayo Edebiri, "The Bear"
Elle Fanning, "The Great"
Selena Gomez, "Homicídios ao Domicílio"
Natasha Lyonne, "Poker Face"
MELHOR ATOR EM MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU TELEFILME
Matt Bomer, "Fellow Travelers"
Sam Claflin, "Daisy Jones & The Six"
Jon Hamm, "Fargo"
Woody Harrelson, "White House Plumbers"
David Oyelowo, "Lawmen: Bass Reeves"
Steven Yeun, "Beef"
MELHOR ATRIZ EM MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU TELEFILME
Riley Keough, "Daisey Jones & The Six"
Brie Larson, "Lessons in Chemistry"
Elizabeth Olsen, "Love & Death"
Juno Temple, "Fargo"
Rachel Weisz, "Dead Ringers"
Ali Wong, "Beef"
MELHOR ATOR SECUNDÁRIO
Billy Crudup, “The Morning Show”
Matthew Macfadyen, “Succession”
James Marsden, “Jury Duty”
Ebon Moss-Bachrach, “The Bear”
Alan Ruck, "Succession"
Alexander Skarsgard, "Succession"
MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA
Elizabeth Debicki, “The Crown”
Abby Elliott , "The Bear"
Christina Ricci, "Yellowjackets"
J. Smith-Cameron, "Succession"
Meryl Streep, “Homicídios ao Domicílio”
Hannah Waddingham, “Ted Lasso”
MELHOR PERFORMANCE EM PROGRAMA DE COMÉDIA STAND-UP
Ricky Gervais em "Ricky Gervais: Armageddon"
Trevor Noah em "Trevor Noah: Where Was I"
Chris Rock em "Chris Rock: Selective Outrage"
Amy Schumer em "Amy Schumer: Emergency Contact"
Sarah Silverman em "Sarah Silverman: Someone You Love"
Wanda Sykes em "Wanda Sykes: I´m an Entertainer"
Comentários