O festival volta, assim, a atribuir o prémio máximo para uma curta-metragem portuguesa de animação depois de, em 2006, Regina Pessoa ter recebido o mesmo galardão com "História trágica com final feliz".
"Percebes", de Laura Gonçalves e Alexandra Ramires, é um documentário, animado em aguarela e digital, sobre o ciclo de vida e a apanha deste crustáceo no Algarve, mas o tema serve ainda de pretexto para as duas autoras abordar questões sobre turismo massificado, sobre a relação dos habitantes locais com o ar, sobre o desordenamento da costa portuguesa.
Anteriormente, as duas realizadoras coassinaram a premiada curta-metragem “Água Mole”, de 2017, sobre desertificação de uma aldeia, num processo de perda dos seus últimos habitantes.
O prémio foi atribuído a "Percebes", produzido pela cooperativa BAP Animation, com coprodução francesa, na cerimónia de encerramento do festival de Annecy, que este ano teve Portugal como país convidado.
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