O prémio CineVision, pelo qual competiam 12 longas-metragens, distingue "talentos internacionais da realização que inovam pela sua linguagem cinematográfica", sublinha a produtora portuguesa do filme, O Som e a Fúria.
O filme "A Flor do Buriti" foi premiado em Munique depois de, no passado mês de maio, ter recebido o prémio de Melhor Equipa, na secção “Un Certain Regard” do Festival de Cinema de Cannes, que distinguiu assim ambos os realizadores e também o povo Krahô, do Brasil, que protagoniza a obra.
O festival de Munique, que teve início no passado dia 23 e encerra hoje, distinguiu com o prémio de melhor longa-metragem o filme “Four Daughters”, de Kaouther Ben Hania, seguindo-se, no palmarés, o prémio CineVision, atribuído a “A Flor do Buriti”, e o prémio da Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci), dado a “Fossil”, de Hennning Backhoff.
O prémio da secção CineRebels foi para “Omen”, de Baloji, que este ano também recebeu o prémio de novos valores da secção “Un Certain Regard”, em Cannes, e o Prémio do Público de Munique foi para “Fallen Leaves”, de Aki Kaurismäki.
“A Flor do Buriti” foi rodado com o povo Krahô, do Brasil, na terra indígena Kraholândia, onde ambos os realizadores já tinham feito “Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos”, igualmente premiado em Cannes, em 2019.
Em maio, o Festival de Cannes sublinhou que este filme presta um “extraordinário tributo à capacidade de resiliência daquele povo indígena e à luta pela liberdade”, enquanto o jornal Le Monde destacou a “grande magia poética” da obra.
O nome do filme faz referência à flor do buriti, um tipo de palmeira selvagem que cresce no Brasil, e que se encontra no meio da comunidade Krahô.
“A Flor do Buriti” tem estreia comercial prevista, em Portugal, para 14 de março de 2024.
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