Há uma anedota entre os italianos que diz que antes dos Aliados invadirem o país para combater as forças de Mussolini e Hitler, tiveram de pedir autorização à máfia siciliana.
O realizador Pierfrancesco Diliberti, que assina com o simples cognome de Pif, achou que dava uma boa história para "In Guerra per Amore", que começa com as forças do presidente americano Roosevelt a negociarem com Lucky Luciano, por esta época preso nos Estados Unidos.
Mais que isso, a piada servia para a sua abordagem muito singular e inteligente sobre este problema crónico na Sicília, de uma forma semelhante como a que havia feito na sua obra de estreia, “A Máfia só Mata no Verão”.
Nesse filme, em tom de comédia e através de uma história de amor, que volta a se repetir aqui, Pif fazia um mergulho nada leviano que terminava com uma homenagem emocional aos homens (polícias, juízes, procuradores) mortos a combater a máfia. Ao mesmo tempo, demonstrava que os tentáculos da organização criminosa afetavam a vida privada mesmo dos habitantes de uma grande cidade (Palermo).
Pif é um comediante televisivo muito popular em Itália, que vem usando o seu prestígio para produzir seus filmes. Felizmente, de televisão não há nada em "In Guerra per Amore".
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