O lendário estúdio de animação japonês Ghibli, que encantou gerações de crianças com filmes como "O Meu Vizinho Totoro" (1988), tornou-se, na segunda-feira, o primeiro grupo a receber uma Palma de Ouro honorária no Festival de Cannes.
Vencedor de dois Óscares, o estúdio foi fundado há 40 anos e conquistou a admiração do público por obras-primas como “O Túmulo dos Pirilampos” (1988) e “Pom Poko: A grande batalha dos Guaxinis” (1994), de Isao Takahata, e ainda “O meu vizinho Totoro” (1988), “A princesa Mononoke” (1997) e “A viagem de Chihiro” (2001), "A Viagem de Chihiro" (2001) e "O Castelo Andante" (2004), de Hayao Miyazaki.
O estúdio foi fundado depois do sucesso do filme de animação “Nausicaa do vale do vento”, de 1984, assinado por Hayao Miyazaki a partir de uma série de banda desenhada que o autor tinha criado.
O cofundador, Hayao Miyazaki, de 83 anos, não participou do festival francês de cinema. O seu filho Goro Miyazaki recebeu o prémio, que normalmente é concedido a indivíduos.
"Gostaria de agradecer a todos os fãs no mundo inteiro", disse Goro ao receber a honra.
"O dia de hoje deu ao estúdio Ghibli ânimo para os próximos 40 anos", acrescentou.
Em seguida, o público pôde depois a quatro curta-metragens do estúdio. Entre eles, "Mei and the Kitten Bus" (2002), promovido como uma mini-sequela do clássico "O Meu Vizinho Totoro", e "Mr. Dough and the Egg Princess" (2010), no qual uma massa gigante ajuda um ovo de vestido a escapar de uma bruxa faminta.
Numa mensagem por vídeo mostrada durante a cerimónia, Hayao Miyazaki brincou sobre a decisão do seu filho de ir buscar a Palma e agradeceu o prémio.
Miyazaki já anunciou a reforma mais do que uma vez, mas continua a trabalhar e regressou aos cinemas no ano passado com "O Rapaz e a Garça" (2023), com o qual ganhou um Óscar.
A atriz Meryl Streep recebeu uma homenagem semelhante na abertura do festival e o cineasta George Lucas, criador da saga "Star Wars", terá uma na cerimónia de encerramento no sábado.
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