Comparado muitas vezes a Jacques Tati ou Buster Keaton, pela conjugação exemplar entre elementos burlescos e poéticos nos seus filmes,
Elia Suleiman é um dos mais conceituados cineastas mundiais.
O realizador palestiniano viveu um período em Nova Iorque, cidade onde viria a assinar dois trabalhos: um como co-director, «Introduction to the End of an Argument», uma sátira à representação do povo árabe nos Media ocidentais; e outro em nome próprio, «Homage by Assassination», um documentário profundamente crítico da Guerra do Golfo, em que utiliza declarações anedóticas de alguns dos ex-combatentes.
A partir de 1994 estabeleceu-se em Jerusalém, para criar o curso de Cinema e Comunicação Social na Universidade de Birzeit. Actualmente, leciona em várias Universidades mundiais.
Com o filme
«A Intervenção Divina», foi selecionado para a Competição Oficial do Festival de Cinema de Cannes de 2002. Foi nesse filme que conheceu a sua mulher, Yasmine Hamdan, cantora que dará um concerto no âmbito do Lisbon & Estoril Film Festival, no dia 11, no CCB.
O seu último filme,
«O Tempo Que Resta» (2009), retrata o nascimento do Estado de Israel, desde a fundação, em 1948, até aos nossos dias. Nele, o realizador, recria situações familiares inspiradas em memórias pessoais, nos diários do seu pai — que combateu na resistência palestiniana— e nas cartas que a sua mãe escreveu a familiares que foram forçados a abandonar o país.
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