O nome Easyway certamente não lhe soará estranho. Pelo menos, já deve ter ouvido falar desta banda lisboeta de punk-rock melódico, que começou a dar que falar em 2003, em plena explosão emo. Mas porque estamos a falar de música numa revista de cinema? - perguntará o leitor. Ora bem, porque o novo álbum da banda, o terceiro da sua carreira – «Laudamus Vita» –, é um misto de disco e de filme. Confuso?
Danilo Warick, baterista da banda e também realizador do filme, explica este «conceito novo» dando um exemplo semelhante, que aconteceu há quase 30 anos, quando os Pink Floyd lançaram o álbum
«The Wall» e o filme homónimo baseado no disco, assinado por
Alan Parker. Nós arriscamos ainda a dar um exemplo mais recente, o experimental «Electroma», pelos franceses Daft Punk. Portanto, o que os Easyway fizeram foi «escrever um filme para depois fazer música». E aqui não há o dilema do que nasceu primeiro, como no do ovo e a galinha. Danilo Warick é claro ao referir que é «um filme com banda-sonora, uma vez que o projecto começou pelo guião».
O argumento foi então escrito por Warick, que além de baterista da banda, trabalha na área dos audiovisuais. Os mais atentos a este estilo de música conhecerão, certamente, algum dos seus trabalhos no mundo dos telediscos, nomeadamente os dos próprios Easyway, ou de algumas bandas amigas, como o «The Hollow», dos setubalenses More Than a Thousand. «O cinema sempre foi um bichinho», explica.
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