A competição internacional do IndieLisboa chega à sua reta final e um tipo de cinema muito característico vai substituindo (mas não totalmente) a docuficção que tem marcado o festival.
“James White” e “Short Stay” são, cada um à sua maneira, típicos registos do universo independente norte-americano. Ambos chegam com os devidos carimbos internacionais – o primeiro do Festival de Sundance, o segundo de Berlim.
Em “James White” o amadurecimento do protagonista é forçado pela morte e pela doença. O filme começa com ele (vivido por Christopher Abbot) numa discoteca e, quando sai, já é dia. No momento a seguir, ele encaminha-se para o velório do pai...
É o início de um processo de orfandade que contrapõe um estilo de vida desregrado, marcado por festas, brigas, sexo casual e nada que se pareça com a vida adulta (uma casa, uma família, um emprego). A doença da mãe (Cynthia Nixon), no entanto, vai mudar o curso da história.
Este é o primeiro filme de Josh Mond, realizador integrado num leque de cineastas responsáveis por outros trabalhos independentes, como “Martha Marcy May Marlene” (realizado por Sean Durkin) e “Afterschool” (Antonio Campos), dos quais foi produtor.
Já em “Short Stay”, primeiro filme de Ted Fendt, o seu personagem principal (interpretado por Mike Maccherone) também vive com a mãe, mas tem um emprego – entregador de pizzas. Ele tem um estilo de vida pachorrento e se almeja algo diferente, não faz muito para alcançar – para além de ser incapaz de manter uma conversa.
As coisas começam a mudar (ou não…) depois de aceitar substituir um amigo como guia turístico numa grande cidade. O naturalismo flerta com o 'mumblecore', uma tendência 'indie' popular há duas décadas.
Por seu lado “Nuytten/Film” reúne dois dos diretores de fotografia mais importantes do cinema francês (já trabalharam com Jean-Luc Godard, André Téchiné, Marguerite Duras) – quando Caroline Champetier 'investiga' o seu colega Bruno Nuytten.
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